Suspeito confessa participação em morte de adolescente no Pampalona; família nega ligação com facção

A Polícia Civil apresentou, nesta quinta-feira (13), novos desdobramentos sobre a investigação do homicídio de Ezequiel Tailane Brandão dos Santos, 15 anos, morto a tiros no bairro Pampalona. De acordo com o delegado responsável pelo caso, desde os primeiros momentos havia fortes indicações sobre os autores do crime. “Equipes passaram a diligenciar de imediato para identificar, apreender e conduzir os responsáveis”, afirmou.

Após uma ação contínua, um dos suspeitos, João Vitor  Jesus Costa, foi localizado ainda na tarde de hoje, conduzido à delegacia e confessou a participação no assassinato. Com isso, foi lavrado o auto de prisão em flagrante. A polícia trabalha com a hipótese de que o adolescente foi atacado por mais de uma pessoa.

Foto: Carlos Valadares 

“Há outros envolvidos. Ele não agiu sozinho. O flagrante será concluído dentro do prazo legal, e a partir das informações colhidas trabalharemos para identificar os demais autores e representar pelas prisões necessárias”, explicou o delegado.

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A irmã de Ezequiel afirma que o adolescente não tinha qualquer ligação com facções criminosas. Ela relata que, antes do crime, os autores exigiram ver o celular do jovem e analisaram fotos armazenadas no aparelho. Segundo a família, as imagens eram de animais — Ezequiel era criador e cuidador de cavalos — e não havia nada que indicasse vínculo com grupos criminosos.

Apesar da negativa da família, o suspeito preso apresentou uma motivação diferente. De acordo com o delegado, ele relatou que o crime teria sido motivado por rivalidade entre facções que atuam na região. Ezequiel, embora morador de uma área dominada por um dos grupos, teria sido visto circulando e mantendo amizades em uma comunidade controlada pela facção rival.

O autor afirmou ainda que, ao acessar o celular do adolescente, encontrou imagens e sinais que, segundo ele, indicariam suposta ligação do jovem com o grupo oposto, além de registros de Ezequiel em locais dominados pela facção rival.

“Segundo o próprio autor, já havia uma desconfiança em relação ao comportamento dele. Com as fotos no celular, eles teriam tomado como confirmação. Essa rivalidade territorial foi apontada como o fator motivador”, informou o delegado.

A Polícia Civil segue com as diligências para identificar e localizar os demais envolvidos no homicídio.

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Nailanne