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Polícia Condenado

Motorista de aplicativo acusado de envolvimento em assaltos é condenado há dez anos e quatro meses de pena

Devolvo essa pergunta a sociedade como é que uma pessoa que não tem vinculo nenhum com outra pessoa vai se associar para cometer crimes, o único fato que ele fez foi tentar lutar pela vida digna de sua família

09/03/2023 09h12 Atualizada há 3 anos
Por: Carlos Valadares Fonte: Página de Notícias

foto Carlos Valadares

Página de Notícias

O motorista de aplicativo Jefferson Bento Santana, que passou nove meses preso, após ser acusado de praticar assaltos com outros dois homens em Feira de Santana, foi condenado há dez anos e quatro meses de pena pela juíza, Sebastiana Costa. Os advogados de defesa Jefferson Bento afirmam que mesmo após a sentença será realizada uma força tarefa para reverter essa situação e Jefferson ser absorvido pelo Tribunal de Justiça da Bahia.

De acordo com o advogado Marcos Silva, Jefferson foi preso e ficou cerca de nove meses no Presidio Regional de Feira de Santana. "Entramos no caso quando ele já estava lá a cerca de sete meses e conseguimos a liberdade dele, não aqui em Feira de Santana e nem no Tribunal de Justiça da Bahia e sim em Brasília. Quem concedeu a liberdade de Jefferson foi o ministro Reinaldo Soares e para nossa surpresa, ontem tivemos ciência da sentença que condenou Jeffeson há dez anos e quatro meses", contou. 

Ainda segundo o advogado, um processo criminal nasce através de provas, se tem indícios de participação o Ministério Público deflagra a ação penal e no decorrer da instrução processual  o Ministério Público vai confirmar se teve ou não o que foi citado na denuncia. "O próprio órgão acusador, o Ministério Público pugnou pela absolvição de Jefferson por falta total de provas. Não existem provas suficientes, existe ausência total de provas e isso inclusive corroborado pela defesa", comenta. 

O advogado Marcos Silva, finaliza informando que existe um principio jurídico que fala da livre convicção motivada e a magistrada entendeu que as provas apresentadas nos altos dava conta de que Jefferson teve participação no crime. "A percepção da magistrada, com todo respeito que tenho, para essa defesa foi totalmente errônea e equivocada, até porque as vítimas informaram o estado de nervosismo de Jefferson naquela situação e elas perceberam também que ele estava sendo coagido e vou ainda mais além, a própria justiça requereu pericia, quebra de sigilo e dados e não tinha nada que ligasse Jefferson aos outros dois altores do crime. Se percebeu pela pericia que nem se quer  eles se conheciam, não tinham mensagens, nem ligações e ai eu devolvo essa pergunta a sociedade como é que uma pessoa que não tem vinculo nenhum com  outra pessoa vai se associar para cometer crimes, o único fato que ele fez foi tentar lutar pela vida digna de sua família e falo isso com o coração sangrando", finaliza. 

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Silva

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