Sexta, 19 de Setembro de 2025 05:19
75 98251-4963
Polícia Trabalhadores

Trabalhadores resgatados de condições de escravidão na Serra Gaúcha chegam a Feira de Santana

Os trabalhadores foram encontrados na última quarta-feira (22) em uma propriedade localizada na Serra Gaúcha, após três deles fugirem e pedirem ajuda a uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF)

27/02/2023 13h32 Atualizada há 3 anos
Por: Carlos Valadares Fonte: Página de Notícias
Foto: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares

Página de Notícia 

Na manhã desta segunda-feira (27), cerca de 150 trabalhadores que foram resgatados de trabalho análogo à escravidão no município de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul chegou a Feira de Santana. O grupo chegou em quatro ônibus e receberão todo suporte da Secretaria de Desenvolvimento social, desde alojamento até a definição dos respectivos destinos.

Os trabalhadores foram encontrados na última quarta-feira (22) em uma propriedade localizada na Serra Gaúcha, após três deles fugirem e pedirem ajuda a uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que acionou o Ministério do Trabalho e Emprego e a Polícia Federal.

O responsável pelo empresa, que mantinha os trabalhadores em condições precárias foi preso flagrante, mas pagou fiança no valor de R$ 45 mil e vai responder em liberdade. Segundo a polícia, ele é natural de Valente, município da região sisaleira da Bahia, e sua empresa tem contratos com vinícolas do Rio Grande do Sul.

Segundo João Paulo, que estava trabalhando nessas condições, eles foram  contratados com promessa de bom salário, mas encontraram situações deploráveis como violência física, comida estragada e atrasos nos pagamentos dos salários. Eles também contaram que passavam por longas jornadas de trabalho. "Assim que nos chegamos lá fomos direto trabalhar, além do lugar ser muito frio e tínhamos que tomar banho gelado fiquei lá durante 22 dias e foi a pior experiencia que poderia ter. Sair da minha terra para procurar uma melhora e cheguei lá e fui tratado como escravo", contou. 

O secretário de Desenvolvimento Social, Antônio Carlos Borges Júnior falou sobre a atuação da SEDESO no acolhimento dos trabalhadores. "Estamos dando o primeiro atendimento a esses trabalhadores que foram encontrados em situação de trabalho escravo no Rio Grande do Sul e o papel da Secretaria de Desenvolvimento Social é da esse primeiro atendimento através do Centro Temporário de Acolhimento (CTA), onde lá tem uma equipe com assistente social e psicólogos para identificar as reais necessidades desses trabalhadores", explica. 

 Ainda segundo Borges Júnior, já tem toda uma equipe montada em sintonia com o  Ministério Público do Trabalho e da Policia Rodoviária Federal para que a gente possa dar esse primeiro acolhimento e poder encaminhar eles para suas famílias. "Além deles serem assistidos, suas famílias também devem ser assistidas pelos CRAS e com isso eles tenham sua dignidade recuperada", salientou. 

Com informações: Carlos Valadares 

POr: Mayara Silva

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.