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Polícia Flagrante

Estudante de medicina preso por exercer ilegalmente a profissão

A polícia vai apurar também se houve dano em pacientes atendidos pelo suposto médico

22/10/2021 21h30
Por: Carlos Valadares Fonte: Página de Noticias

pedidos de exames apreendidos

Um jovem de 23 anos cursando o 6º semestre de medicina em uma faculdade de Salvador foi preso na manhã desta sexta-feira (22) em Feira de Santana.

A denúncia que um falso médico estaria atendendo no HTO chegou de forma anônima a Comissão de Saúde da Câmara Municipal o seu presidente vereador Emerson Minho (DC) levou ao conhecimento da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia Civil Feira de Santana que passou a investigar.

Segundo o delegado titular da segunda Delegacia Territorial (DT) Alisson Carvalho por volta das 6 horas foi com a equipe até o local indicado e aguardou um paciente ser atendido ao sair do consultório foi feita a abordagem uma foto do suposto médico foi apresentada ao paciente e sem dúvidas confirmou, partir daí foi dada voz de prisão ao falso médico e a condução para complexo de delegacias onde foi lavrado a auto de flagrante o falso médico pode pegar até 7 anos de prisão.

A investigação apontou que Falso médico atendia os pacientes e utilizava o número do Conselho Regional de Medicina de outro profissional neste caso seu padrasto a polícia preservou o nome ficando claro o crime de exercício ilegal da medicina, segundo o código penal a pena para esse crime varia de seis meses a dois anos de detenção e crime de falsidade ideológica por ter assinado receituários e pedidos de exames pelo (SUS) Sistema Único de Saúde pena de um a cinco anos de prisão.

delegado Alisson Carvalho

 “Nós iremos aprofundar mais nas investigações para tentar chegar até o ponto da responsabilização da pessoa jurídica e além de tudo estamos verificando a situação da pessoa que forneceu o seu carimbo para ele atuar, uma vez que foi identificado vários receituários já carimbados com esta pessoa autuada em flagrante, ele estava fazendo o pedido de exames e receitando medicações e assinado em cima dos carimbos”.

Sobre o descredenciamento do hospital junto ao SUS, o delegado se limitou em falar que é questão administrativa, só entraremos na esfera de responsabilidade criminal das pessoas física e jurídica.

A polícia vai apurar também se houve dano em pacientes atendidos pelo suposto médico quatro pacientes foram ouvidos pela autoridade e foi relatado que até aplicações foram feitas como também enfaixa mento.

O Suposto medico em sua defesa argumentou que é estudante e faz atendimento de estágio pela faculdade que estuda em Salvador, ele explicou que faz parte de ligas acadêmicas que proporciona a ele que faça determinado tipo de estágio em hospitais e clinicas. Aqui no HTO é no mesmo no sentido que já faz lá no hospital junto com a liga e na faculdade. Em depoimento ele nega qualquer vínculo com o hospital onde foi preso e que ali estava sob a supervisão do padrasto.

A manutenção da prisão do falso médico depende da justiça, se for decretada prisão preventiva a polícia tem 10 dias para conclusão do inquérito, se o juiz optar pelo alvará de soltura o prazo se estende para 30 dias para concluir e remeter a justiça, como não foi arbitrada fiança devido as penas ultrapassar os 7 anos.

 por Carlos Valadares.

 

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