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Polícia Lavagem

Duas mulheres são presas por lavagem de dinheiro em Feira de Santana

As duas mulheres detidas na cidade são suspeitas de integrar o núcleo financeiro da organização criminosa.

11/12/2025 18h59 Atualizada há 4 horas
Por: Carlos Valadares

Na manhã desta quinta-feira (11), a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Feira de Santana cumpriu dois mandados de prisão e de busca e apreensão nos bairros Papagaio e Rua Nova. A ação integra a Operação ZIMER, deflagrada pelo Departamento Especializado de Investigação Criminal (DEIC), que atuou simultaneamente em Salvador, em outras cidades da Bahia e também em outros estados do país. Ao todo, 42 pessoas foram presas na etapa de hoje.

De acordo com o delegado Marcos Rios, a operação é ampla e complexa, envolvendo investigação de tráfico de drogas, tráfico de armas e lavagem de dinheiro. As duas mulheres detidas na cidade são suspeitas de integrar o núcleo financeiro da organização criminosa.

“Há indícios robustos de que elas participavam da lavagem de capitais, recebendo e repassando valores provenientes do tráfico. Por isso a Justiça autorizou as prisões”, afirmou o delegado.

Segundo ele, a movimentação financeira identificada chamou a atenção dos investigadores. Uma das suspeitas apresentava um padrão de vida considerado incompatível com a movimentação de aproximadamente R$ 1 milhão em poucos meses.

“O estilo de vida não justificava tamanha circulação de dinheiro. A movimentação foi apenas o primeiro alerta. A partir daí, aprofundamos a investigação e encontramos vários depósitos, recebimentos e pagamentos suspeitos a pessoas ligadas ao tráfico”, explicou o delegado Marcos Rios.

As suspeitas possuem ligação direta com lideranças da organização criminosa em Feira de Santana. Parentes delas também foram presos em outras cidades durante a mesma operação.

Embora 42 pessoas tenham sido presas hoje, Marcos Rios destacou que vários integrantes da quadrilha já estavam detidos em fases anteriores. A apreensão de celulares, armas e drogas deve contribuir para novos desdobramentos. “Muito material recolhido ainda será analisado e pode levar à identificação de outros investigados”, disse.

No depoimento, as duas mulheres permaneceram em silêncio e afirmaram que só irão se pronunciar em juízo. Elas passarão por audiência de custódia e permanecerão à disposição da Justiça.

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