Um bebê de 2 meses morreu na tarde desta terça-feira (2) após dar entrada em estado grave na UPA da Queimadinha, em Feira de Santana. A criança, identificada como Carlos Henrique, apresentava hematomas e não resistiu após manobras de reanimação. O casal responsável por ele foi preso em flagrante sob suspeita de maus-tratos e omissão de socorro.
A morte ocorreu dois dias depois de o mesmo bebê ter sido levado à mesma unidade com um galo na cabeça. Na ocasião, a mãe afirmou ter caído sobre a criança durante uma briga com o companheiro. Ambos estavam embriagados e fugiram da UPA antes da chegada da polícia, ignorando a orientação médica de realizar exames complementares.
Nesta terça, o bebê retornou ainda mais debilitado. A equipe médica identificou novos sinais de agressão, acionou a PM e o casal foi conduzido à delegacia.

De acordo com o delegado Rafael Almeida, o casal responsável pelo bebê foi autuado em flagrante após a equipe médica relatar sinais claros de maus-tratos. Segundo ele, a criança chegou à UPA da Queimadinha em estado grave e acabou morrendo durante o atendimento. O delegado destacou que o mesmo bebê já havia sido levado à unidade dois dias antes, também com sinais de agressão, incluindo um galo na cabeça, o que despertou suspeitas, considerando que se tratava de um bebê de apenas dois meses.
Almeida informou que, na primeira ocorrência, a própria equipe médica chamou a Polícia Militar, mas o casal fugiu levando a criança antes da chegada da guarnição. Ele afirmou que, provavelmente, o estado de saúde do bebê piorou ao longo dos dois dias seguintes, levando ao retorno à UPA nesta terça-feira, já sem chances de sobrevivência.
O delegado explicou que os pais foram presos porque, no mínimo, concorreram para a morte da criança por omissão de socorro. Ele ressaltou que o casal fugiu da unidade na primeira visita e permaneceu dois dias sem prestar a assistência necessária, comportamento que culminou no óbito.
Ainda segundo Almeida, a atitude do casal ao fugir revela ausência de boa-fé. Ele salientou que, em situações de acidente doméstico, a reação natural de um pai ou responsável é buscar ajuda imediata para salvar o filho. O delegado afirmou que, quando os pais fogem em vez de permitir o atendimento médico, isso indica a possibilidade de circunstâncias obscuras. Reforçou ainda que houve omissão de socorro e, antes disso, uma lesão que precisa ser apurada em detalhes.
O delegado também confirmou que há indícios de que álcool e violência doméstica teriam contribuído para a situação. Segundo ele, o relatório médico aponta que os pais apresentavam cheiro de bebida alcoólica, e que o bebê sequer possuía registro de nascimento, o que agrava ainda mais o cenário.
Sobre a atuação da equipe da UPA, Almeida elogiou a conduta dos profissionais, afirmando que agiram de forma “exemplar” ao acionar a Polícia Militar imediatamente, reforçando a importância de uma rede de proteção ativa e eficiente.
Quanto aos próximos passos, o delegado informou que o casal permanecerá preso e que a expectativa é de que a prisão preventiva seja decretada durante a audiência de custódia. Ele acrescentou que novas diligências serão realizadas para aprofundar o inquérito, destacando que o caso gerou forte comoção social. Almeida lembrou que, além dos sinais de maus-tratos, houve negligência, já que os pais ignoraram a recomendação médica de internação no dia 30, quando também estavam embriagados.
Por fim, o delegado fez um alerta à sociedade. Segundo ele, os pais precisam compreender a responsabilidade que têm sobre os filhos. Ele ressaltou que maus-tratos não se limitam à agressão física, mas incluem também a falta de cuidados básicos. Almeida destacou que casos como este não podem se repetir.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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