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Polícia Defesa

“Não há indícios de crime”, afirma defesa de Oyama Figueiredo

A defesa criticou o que considera “tratamento desigual” entre investigados

02/12/2025 17h23
Por: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares

A defesa do empresário e ex-vereador Oyama Figueiredo, de seu filho e de suas duas filhas, concedeu coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (2) para comentar as investigações que culminaram na prisão temporária dos quatro. Os advogados Marco Aurélio Andrade Gomes e Yuri Carneiro afirmaram que não há, até o momento, qualquer indício de ilegalidade por parte da família.

Segundo Marco Aurélio, a ação de busca e apreensão realizada pela Força-Tarefa não encontrou armas ou documentos que caracterizassem crime. O advogado ressaltou que o caso ainda está em fase inicial e que o material recolhido pelas autoridades ainda será analisado. “Não há, até agora, nenhuma prova que indique ilicitude”, disse.

A defesa criticou o que considera “tratamento desigual” entre investigados. De acordo com Marco Aurélio, enquanto alguns envolvidos receberam medidas cautelares, Oyama e parte de sua família foram presos temporariamente. Para ele, não há elementos concretos que justifiquem a prisão. A temporária vence na sexta-feira (6), e os advogados se dizem confiantes de que não será convertida em preventiva.

Sobre a motivação da coletiva, a defesa afirmou que o próprio Oyama quis responder ao grande volume de notícias veiculadas nos últimos dias. “Ele tem uma história na cidade e julgou importante prestar esclarecimentos”, afirmou Marco Aurélio.

O advogado Yuri Carneiro declarou que as conversas telefônicas e documentos aos quais a defesa teve acesso até o momento tratam apenas de questões empresariais. “Não identificamos qualquer traço de ilicitude. São operações comerciais regulares”, disse. Ele destacou ainda que as filhas de Oyama atuam formalmente no grupo empresarial da família.

A defesa informou que a família colaborou integralmente com a polícia durante as buscas e que medidas cautelares alternativas à prisão seriam suficientes, já que os investigados não representariam risco de fuga ou de interferência nas apurações.

Os advogados também demonstraram surpresa com a inclusão de fatos antigos, datados de 2013 e 2015, nas investigações. Para eles, a distância temporal fragiliza a necessidade de prisões decretadas agora.

Sobre possíveis conexões com investigações envolvendo cartórios de Feira de Santana, a defesa confirmou que documentos da Corregedoria do Tribunal de Justiça constam nos autos, mas negou qualquer relação entre o núcleo empresarial da família Figueiredo e irregularidades cartorárias.

A defesa afirmou confiar que, ao final do inquérito, será comprovado que os investigados não cometeram nenhum crime.

Com informações: Carlos Valadares 

Por: Mayara Nailanne

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