As receitas da Alphabet, dona do Google, aumentaram 14% no segundo trimestre, com um crescimento de dois dígitos na publicidade, sugerindo que chatbots de inteligência artificial como o ChatGPT, da OpenAI, ainda não afetaram o site de buscas.
Um crescimento ainda mais forte na parte de serviços na nuvem demonstrou a demanda voraz por serviços de computação e dados, à medida que empresas de big techs e startups correm para construir grandes modelos de linguagem e integrar IA em seus negócios.
As receitas subiram para US$ 84,7 bilhões (R$ 474,32 bilhões) no segundo trimestre, contra US$ 74,6 bilhões (R$ 417,76 bilhões) do mesmo período no ano passado, de acordo com dados divulgados nessa terça-feira (23). A performance superou a estimativa média dos analistas, que era de US$ 84,2 bilhões (R$ 471,52 bilhões).
O lucro líquido foi de US$ 23,6 bilhões (R$ 132,16 bilhões), um aumento de 28% no mesmo período do ano anterior, novamente superando ligeiramente as expectativas.
“(O desempenho) mostra um tremendo impulso contínuo na busca e grande progresso na nuvem, com nossas iniciativas de IA impulsionando um novo crescimento”, disse o CEO da empresa, Sundar Pichai. O executivo foi criticado pela demora para comercializar a tecnologia de grandes modelos de linguagem, que foi originalmente concebida por pesquisadores do Google, mas popularizada pela OpenAI.
As ações da Alphabet, que flutuaram no comércio após o expediente, subiram quase 33% neste ano, o que provocou o aumento para US$ 2,26 trilhões (R$ 12,65 trilhões) em valor de mercado e tornou-a a quarta empresa mais valiosa do mundo, atrás da Apple, Microsoft e Nvidia.
A receita de publicidade —que representa a maior parte da receita do Google— cresceu 11% para US$ 64,6 bilhões (R$ 361,76 bilhões). No entanto, a taxa de crescimento desacelerou em relação ao trimestre anterior, decepcionando os analistas. A receita de publicidade no YouTube subiu 13% para US$ 8,7 bilhões (R$ 48,72 bilhões), enquanto o negócio de serviços na nuvem viu um aumento de 29% para US$ 10,3 bilhões (R$ 57,68 bilhões).
“(Os resultados) não foram tão convincentes quanto no primeiro trimestre, quando [os lucros] superaram de forma mais ampla”, disse o analista Brent Thill, da Jefferies, dizendo que eles não causavam euforia no mercado.
O Google é uma das primeiras das big techs a divulgar seu balanço, para saber se os vastos gastos do setor em IA generativa estão se traduzindo em aumento de receita.
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