A Polícia Civil passou a tratar como sequestro o desaparecimento de três jovens na região da zona da mata, em Anguera. As buscas seguem intensas desde a última segunda-feira (6), quando as meninas foram vistas pela última vez. Durante todo o dia desta quinta-feira (09), equipes da Polícia Civil e da Força de Roubos realizaram diligências na área, coordenadas pelo delegado José Marcos Rios.
De acordo com o delegado, as investigações começaram já na terça-feira, logo após o registro do caso na Delegacia Territorial de Anguera. Inicialmente, a ocorrência foi tratada como desaparecimento de pessoas, procedimento padrão nesses casos. No entanto, com o avanço das investigações e novos indícios encontrados, a polícia agora trabalha com a hipótese de sequestro.
“À medida que o tempo foi passando, as suspeitas de algo mais grave aumentaram. Com as diligências de hoje, o caso passa a ser oficialmente tratado como um sequestro”, afirmou o delegado José Marcos Rios.
Durante as buscas, os investigadores encontraram pertences das vítimas em uma residência na localidade do Roçado zona rural de Anguera. No local, foram apreendidos um celular, roupas queimadas uma delas com manchas de sangue , dois pares de sandálias, um frasco de desodorante e um perfume.
O celular, que estava jogado no mato e quase completamente destruído, foi identificado como pertencente a uma das jovens. Mesmo danificado, os peritos conseguiram recuperar o número do IMEI, comprovando tecnicamente a propriedade do aparelho.
“É uma prova técnica irrefutável. Consultamos o número ainda no local e confirmamos que o celular era de uma das vítimas”, explicou o delegado.
No imóvel, os policiais também encontraram uma fogueira ainda com brasas, indicando que os objetos haviam sido queimados recentemente. O material foi recolhido e será periciado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Os ocupantes da casa onde o material foi achado foram detidos para prestar depoimento e, até o momento, são tratados como suspeitos. Segundo o delegado, um deles alegou que a fogueira seria usada para queimar o lixo da residência. Confrontado com as provas, no entanto, mudou de versão, dizendo que outras pessoas teriam estado no local e realizado as queimadas sem que ele percebesse.
“Não há como não ver, porque a fogueira ainda soltava fumaça e o local é muito próximo da casa”, destacou o delegado.
As investigações seguem com o apoio da Força de Roubos, da 1ª e 2ª Delegacias e do Núcleo de Inteligência da 1ª Coorpin, num trabalho conjunto para identificar todos os envolvidos no crime.
“Acreditamos que há outras pessoas envolvidas e estamos aprofundando as investigações para chegar a elas", disse o delegado.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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