A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Feira de Santana, desarticulou uma quadrilha especializada em fraudes pela internet. A investigação, coordenada pelo delegado José Marcos, teve início a partir de uma operação de inteligência que apontou a cidade como base de operações do grupo criminoso.
Segundo o delegado, as vítimas estavam espalhadas por diversos estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. "Como as queixas não eram registradas aqui, inicialmente não tínhamos conhecimento dos golpes. Mas, a partir da atuação do nosso núcleo de inteligência e de outras instâncias, como a Coordenadoria e o DIP, em Salvador, conseguimos rastrear a origem das fraudes", explicou.
Foto: Carlos Valadares
Os criminosos atuavam principalmente através das redes sociais, oferecendo relógios, perfumes, joias e, em menor escala, roupas, a preços atrativos. Os alvos preferenciais eram lojistas e microempreendedores de outras partes do país, atraídos pela fama de Feira de Santana como polo comercial. Após o pagamento, os clientes eram bloqueados e não recebiam os produtos.
Durante a operação, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis de alto padrão, localizados nos bairros do Sim e da Carilândia. Em um dos locais, funcionava uma espécie de call center e centro logístico fictício. "Encontramos seis pessoas no momento da ação, preparando vídeos e fotos para postagem nas redes, além de caixas vazias, lacradas com etiquetas e nomes de clientes, usadas apenas para simular remessas", contou o delegado.
O líder da quadrilha foi identificado como parte de um casal que coordenava o esquema. Eles mantinham um estilo de vida de alto padrão: um dos imóveis alugados por eles custava R$ 6 mil mensais. Foram apreendidos também carros de luxo, móveis de escritório, notebooks e outros equipamentos.
A atuação do grupo criminoso teve início por volta de 2020, durante a pandemia, e, segundo a polícia, movimentava valores expressivos diariamente. Só na manhã da operação, dezenas de novos pedidos foram identificados no canal de comunicação com as vítimas.
Com informações: Carlos Valadares
Por:Mayara Nailanne
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