Durante a operação Umburana Segura, realizada na semana passada no município de Antônio Cardoso, uma pessoa foi presa sob suspeita de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. A defesa do acusado, representada pelos advogados Ana Carolina e Edson Vinícius, contesta a versão apresentada pela polícia e afirma confiar no andamento da Justiça.
“Reafirmamos a confiança na Justiça. Fomos procurados para prestar suporte jurídico durante essa operação e, ao chegarmos ao local, nosso cliente foi preso supostamente por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. No entanto, ele nega todas as acusações que lhe foram atribuídas”, afirmou a doutora Ana Carolina.
Segundo a advogada, durante as diligências, foram apreendidas espingardas, porções de cocaína e câmeras de monitoramento supostamente clandestinas. “Esses itens não pertencem ao nosso cliente. Estavam em outra residência, cujos proprietários desconhecemos. Algumas reportagens podem ter causado a impressão equivocada de que todo o material apreendido era dele, o que não é verdade.”
Na audiência de custódia realizada na Vara Criminal de Santo Estêvão, na sexta-feira (30), o juiz entendeu que não havia fundamentos suficientes para a manutenção da prisão, concedendo liberdade provisória ao acusado. “Nosso cliente tem residência fixa, é primário, possui bons antecedentes e estamos adotando todas as medidas legais para comprovar que ele não integra organização criminosa nem praticou os crimes que lhe foram atribuídos. A Constituição garante o direito ao devido processo legal, à ampla defesa e à presunção de inocência. São pilares que precisam ser respeitados”, acrescentou.
Questionada sobre a legalidade da abordagem, a advogada afirmou que não havia mandado de busca e apreensão contra o cliente. “A operação possuía mandados contra outras pessoas e endereços. Nosso cliente foi abordado na porta de casa, de forma considerada ilegal por nós. Não havia autorização judicial para busca na residência dele.”
Sobre as câmeras de segurança apontadas pela polícia como instrumentos para monitorar a movimentação das autoridades na região, a defesa reforça que elas estavam instaladas em uma casa diferente da residência do acusado. “Essas câmeras estão numa casa distante, que pertence à tia dele. A operação se iniciou nessa casa, e coincidentemente há esse grau de parentesco. No entanto, as situações não se conectam e até o momento não há elementos para vincular uma coisa à outra.”
A advogada confirmou que o cliente foi autuado por porte de uma arma de fogo de uso permitido — um revólver da marca Taurus. “Sim, ele foi flagrado com essa arma. É um revólver registrado como de uso permitido, e isso será esclarecido durante o processo.”
Finalizando, Ana Carolina destacou a apreensão da família diante do ocorrido: “A situação é delicada. A família está assustada, sem respostas concretas. A cidade se tornou perigosa, e muitos moradores estão com medo. Vamos continuar acompanhando de perto e colaborar para o esclarecimento de tudo durante a investigação e no decorrer do processo judicial.”
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