Dois homicídios foram registrados em menos de 12 horas na região da Mantiba, zona rural de Feira de Santana. Os crimes ocorreram entre a noite de segunda-feira (26) e a manhã de terça-feira (27), com características de execução e requintes de crueldade. O delegado Gustavo Coutinho, da Delegacia de Homicídios (DH), concedeu entrevista sobre os dois casos, que já estão sendo investigados.
O primeiro caso aconteceu na noite de segunda (26), em uma área deserta próxima ao bairro Papagaio. Um corpo parcialmente carbonizado, enrolado em um colchão e com marcas de tiros, foi encontrado por populares. A vítima, inicialmente sem identificação, foi posteriormente reconhecida pela mãe pelas tatuagens: Kaique Antunes Ramos, 21 anos, morador da rua Professora Bertolina Carneiro, no bairro Campo Limpo.

De acordo com o delegado Gustavo Coutinho, a vítima foi levada ao local, morta com disparos de arma de fogo, enrolada em um colchão, amarrada com fios de arame e depois teve o corpo incendiado. O cenário encontrado era brutal: havia galhos sobre o corpo e urubus já haviam começado a devorar a vítima.
“Tudo indica que foi uma execução. Ele foi morto a tiros, colocado em um colchão e queimado em uma área deserta. Não havia casas próximas, mas moradores relataram ter ouvido disparos durante a noite“ , afirmou o delegado.
Segundo a polícia, Kaique estaria envolvido com o tráfico de drogas. Ele havia saído de casa de moto na noite anterior e desapareceu.
“ Estamos apurando se foi algo relacionado ao tráfico ou até mesmo latrocínio. Mas, pelo modo como foi feito, com requintes de crueldade, a principal linha de investigação é execução a mando de facção“ , completou Coutinho.
Pedreiro executado enquanto trabalhava
Horas depois, por volta das 10h da manhã desta terça-feira (27), a cerca de dois quilômetros do primeiro crime, o pedreiro Carlos Antônio do Carmo Cerqueira, de 49 anos, foi executado a tiros enquanto trabalhava em uma obra. Ele tentou fugir, mas foi atingido por cerca de 15 disparos de pistola calibre .40 e morreu no local.
De acordo com a polícia, Carlos não tinha passagem e era conhecido como trabalhador. No entanto, há informações de que sua casa foi invadida por criminosos há cerca de 15 dias em busca de uma arma. O pedreiro teria negado possuir o objeto.
“A ficha dele é limpa. Tudo indica que foi uma vingança. A quantidade de tiros mostra que houve ódio e intenção de matar de forma brutal. Estamos apurando se ele foi morto por algo que não teve ligação direta com ele, mas com alguém da família ou por ter sido alvo de uma suspeita injusta“ , declarou o delegado Gustavo Coutinho.
Carlos estava acompanhado de um ajudante, que conseguiu escapar. Testemunhas relataram que os criminosos chegaram em um Siena branco, de onde desceram dois homens armados, enquanto o motorista permaneceu no carro.
“ Já temos as características dos suspeitos e buscamos imagens de câmeras de segurança para identificar o trajeto do veículo. A população pode colaborar, ligando para o 181 e denunciando de forma anônima“ reforçou Coutinho.
Em entrevista ao site Página de Notícias, o delegado Gustavo Coutinho detalhou os elementos que chamaram atenção nos dois casos. “O caso de Kaique tem sinais claros de execução. Foi morto, enrolado em um colchão, amarrado com arame e queimado. Uma ação cruel, possivelmente ordenada por alguém do tráfico.”, salientou.
“Já no crime do pedreiro, apesar da vítima não ter antecedentes, tudo indica que houve uma retaliação, talvez motivada por algo que ele sabia ou por algum familiar envolvido. Foram cerca de 16 tiros, o que revela fúria.”, afirmou.
“É importante lembrar que a população pode e deve ajudar, com denúncias anônimas pelo 181. Qualquer informação pode ser essencial para chegarmos à autoria desses crimes.”, conclui.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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