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Polícia Agressão

Homem morre em cela após ser detido por agressão à irmã em Feira de Santana

É uma tragédia. O pai esteve aqui, profundamente abalado. Imaginamos a dor dessa mãe, dessa irmã. São situações que, infelizmente, se tornam irreversíveis

12/05/2025 16h42 Atualizada há 1 mês
Por: Carlos Valadares

Foto: Carlos Valadares

Tárcio Cerqueira, 37 anos, detido na noite de domingo (11) após uma briga com a irmã, foi encontrado morto em uma cela do Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho, em Feira de Santana. Ele havia sido conduzido pela Polícia Militar após uma ocorrência de violência doméstica registrada no Dia das Mães.

A delegada Clécia Vasconcelos, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), explicou que a polícia foi acionada via SICOM e, ao chegar à residência, encontrou Tárcio com lesões, a irmã desacordada e vestígios de sangue pela casa.

“Era uma cena típica de violência doméstica. Houve um desentendimento entre os irmãos por conta da mãe, que estaria sendo verbalmente agredida pela filha. Tárcio não gostou da situação e a discussão evoluiu para agressões físicas”, relatou a delegada.

Sobre os ferimentos da irmã, a Polícia Militar mencionou o possível uso de arma branca. No entanto, Clécia esclareceu que não há confirmação desse tipo de arma. “As lesões são compatíveis com estilhaços de vidro, já que Tárcio teria quebrado a janela do quarto para entrar, o que também o feriu”, disse.

Tárcio seria apresentado nesta segunda-feira (12) em audiência de custódia. No entanto, foi encontrado morto na cela durante a madrugada. A investigação sobre a causa da morte está sob responsabilidade da 2ª Delegacia, que era a unidade responsável pela custódia no momento.

“É uma tragédia. O pai esteve aqui, profundamente abalado. Imaginamos a dor dessa mãe, dessa irmã. São situações que, infelizmente, se tornam irreversíveis. Desentendimentos familiares acontecem, mas depois percebemos que poderiam ter sido evitados”, lamentou Clécia Vasconcelos. “É preciso aprender com casos como este. Nós, da DEAM, somos solidários à dor dessa família.”

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Nailanne

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