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Polícia ‘Hitler da Bahia’

‘Hitler da Bahia’ é preso por liderar grupo de estupro virtual, aliciamento e diversos crimes

Soldado preso em Salvador é acusado de estimular estupros virtuais e divulgar pornografia infantil

07/04/2025 15h15
Por: Carlos Valadares
Foto: Metropress/Reprodução/Redes Sociais/
Foto: Metropress/Reprodução/Redes Sociais/

Preso em Salvador, o soldado do Exército Luis Alexandre de Oliveira Lessa, 20, é apontado pelo Ministério Público de São Paulo como líder de um grupo virtual que promovia estupro online, incentivava automutilação, apologia à pedofilia e propagava "violência por diversão". Conhecido na internet como "Hitler da Bahia", ele comandava a "Panela Country", comunidade com mais de 600 membros no Telegram.

A investigação começou em outubro de 2024, após denúncia anônima, e resultou na prisão de Lessa em novembro, durante a Operação Nix. A ofensiva também apreendeu três adolescentes em cinco estados: São Paulo, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e Distrito Federal. Segundo o MP-SP, Lessa era o único adulto entre os líderes, que usavam pseudônimos como Inative, Nêmesis, Vitin, Lunatic e Maverick.

As "panelas" são pequenos grupos organizados em redes como Discord e Telegram, onde adolescentes compartilham conteúdos violentos e ilegais. Os participantes, chamados de "paneleiros", se unem por afinidades como misoginia, sadismo e abusos sexuais. Um dos apreendidos, Zeinpod, era o responsável pelos grupos ligados aos crimes de estupro virtual.

“A violência é tratada como entretenimento”, diz o MP-SP. “Eles comemoram o sofrimento alheio, sem qualquer empatia por vítimas humanas ou animais”, afirmou o desembargador Teixeira de Freitas ao negar habeas corpus. Lessa foi denunciado por crimes como pedofilia, perseguição, divulgação de pornografia e violação de sistemas. Ele foi transferido para presídio comum após decisão judicial.

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