Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) indicam que, de janeiro a março de 2025, houve um aumento de 88% no número de motoristas flagrados dirigindo sem o descanso obrigatório nas rodovias federais da Bahia. Foram 3.200 infrações registradas no período, contra 1.704 no mesmo intervalo do ano passado.
A PRF afirma que, apesar dos esforços de fiscalização, os índices de sinistros e óbitos envolvendo caminhões continuam elevados e exigem medidas de controle mais eficazes, incluindo fiscalização rigorosa e políticas públicas.
Na última quarta-feira (26), a PRF iniciou a terceira etapa da operação Descanso Legal, focada no controle do tempo de repouso dos caminhoneiros. Até 4 de abril, agentes atuarão em corredores estratégicos das rodovias federais, verificando as condições dos veículos e dos condutores de transporte de carga.
Durante as abordagens, os policiais vão utilizar o cronotacógrafo para checar o tempo de condução e o cumprimento das 11 horas ininterruptas de descanso exigidas por lei a cada 24 horas. Além disso, serão fiscalizados a documentação dos veículos e cargas, bem como o estado de conservação dos caminhões, com ênfase no sistema de freios.
Em 2024, as rodovias federais da Bahia registraram 1.352 acidentes com veículos de carga, resultando em 64 mortes e 529 feridos. Nos primeiros três meses de 2025, já foram contabilizados 296 sinistros e 16 óbitos, o que acende um alerta para a PRF. As estatísticas apontam que a maioria dos acidentes está diretamente relacionada ao comportamento dos condutores.
Muitos dos acidentes são atribuídos à fadiga dos motoristas, que frequentemente extrapolam os limites de tempo de direção sem pausas adequadas. Para manter longas jornadas de trabalho, alguns recorrem ao uso de substâncias ilícitas como rebites e cocaína, aumentando os riscos de sinistros graves.
O modal rodoviário responde por aproximadamente 65% da movimentação de cargas no Brasil, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). O país conta com cerca de 600 mil caminhoneiros autônomos, 200 mil empresas e 482 cooperativas cadastradas no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTC). A frota nacional de caminhões e carretas chega a 7,9 milhões de veículos, que transportaram, em 2024, mais de 175 milhões de toneladas de cargas diversas.
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