Novembro é um mês especial para conscientizar a sociedade sobre o câncer infantojuvenil, a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes no Brasil. Essa iniciativa busca alertar pais, responsáveis e profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico precoce, que é essencial para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
A médica pediatra e hebiatra Cintia Filomena reforça a necessidade de atenção aos sinais de alerta e destaca os tipos mais comuns da doença entre crianças e adolescentes. “Precisamos falar sobre o câncer infantojuvenil e conhecer os principais tipos para que possamos cuidar e proteger nossas crianças e adolescentes. A detecção precoce é essencial para garantir melhores resultados no tratamento. Fiquem atentos a sintomas como palidez, manchas roxas, caroços, inchaços ou alterações persistentes no comportamento”, orienta.
Principais tipos de câncer infantojuvenil e sinais de alerta:
Leucemia: Afeta as células do sangue e a medula óssea. Sinais incluem palidez, cansaço, manchas roxas e sangramentos.
Tumores cerebrais: Causam dores de cabeça persistentes, problemas de visão, alterações de comportamento e náuseas frequentes.
Linfomas: Inchaço dos gânglios linfáticos, febre persistente, perda de peso inexplicada e sudorese noturna.
Linfoma de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin são os mais comuns nessa faixa etária.
Tumor de Wilms: Afeta o rim, principalmente em crianças pequenas. Sintomas incluem dor abdominal, barriga inchada e massa palpável no abdômen.
Rabdomiossarcoma: Um câncer que se origina nos tecidos musculares e pode ocorrer em qualquer parte do corpo. Manifesta-se como caroços ou inchaços que não desaparecem.
Dados alarmantes
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o câncer infantojuvenil é responsável por mais de 2.000 mortes anuais. Em 2020, foram registrados 2.280 óbitos em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Na Bahia, em 2023, já foram contabilizados 468 novos casos, conforme o Painel de Oncologia do Datasus, com destaque para o aumento de diagnósticos em relação a anos anteriores.
Embora as causas do câncer pediátrico ainda sejam desconhecidas, estima-se que cerca de 10% dos casos estejam relacionados a anormalidades genéticas ou hereditárias.
Conscientize-se
Cintia Filomena ressalta a importância da campanha. “Devemos reforçar que qualquer sinal ou sintoma atípico merece investigação médica. Não hesite em procurar ajuda ao perceber algo diferente. Unidos, podemos garantir um futuro mais saudável para nossas crianças e adolescentes”, conclui.
A campanha Novembro Dourado nos convida a sermos vigilantes e a disseminarmos informação, para que cada diagnóstico precoce possa representar mais uma vida salva.
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