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Geral Greve dos bancos

Bancários de Feira de Santana aprovam greve por tempo indeterminado a partir de 13 de setembro

A greve afeta os funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BRB, enquanto o Banco do Nordeste permanece fora da paralisação

10/09/2024 16h57
Por: Carlos Valadares

Foto: Carlos Valadares

Os bancários de Feira de Santana, incluindo trabalhadores do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco de Brasília (BRB), rejeitaram as propostas de acordo salarial e aprovaram uma greve por tempo indeterminado, prevista para começar na madrugada de sexta-feira, 13 de setembro. A paralisação, que não inclui os funcionários do Banco do Nordeste (BNB), que aceitaram a oferta. A greve se da  por melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Edmilson Cerqueira, diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários, explicou as demandas da categoria: "Pedimos a reposição da inflação mais 5%. Entregamos nossa pauta de reivindicações em junho, e nas três rodadas de negociações, os banqueiros fizeram de tudo para retirar direitos dos bancários. Nossa campanha não é apenas salarial, estamos lutando por mais agências e por respeito aos clientes, que são quem geram o lucro."

Foto: Carlos Valadares

Ele destacou os lucros expressivos dos bancos privados em 2023, mencionando os R$ 36 bilhões de lucro do Itaú e os R$ 9 bilhões do Bradesco no primeiro semestre. "Os clientes deveriam ser recebidos com tapete vermelho e mais funcionários disponíveis para atendê-los. Enfrentamos fechamento de agências e demissões, o que prejudica as localidades menores e a população que depende desses serviços."

Além das questões locais, Cerqueira lembrou que a data-base da categoria é 1º de setembro e que a luta pela manutenção da convenção coletiva, a maior da América Latina, é central. "Conquistamos muitos direitos ao longo de 100 anos, e os banqueiros propuseram apenas a reposição da inflação e um aumento de 1,10% em 2024 e 2025, mas com cláusulas que nos prejudicam, como a autorização para demitir concursados."

A Assembleia Geral realizada na quinta-feira (12) deve definir os próximos passos da greve, caso não haja novos avanços nas negociações. "Esperamos que os bancos revejam suas posições até sexta-feira, para que não seja necessário iniciar a greve, o que não é bom nem para os bancários nem para a população," concluiu Edmilson.

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Silva

 

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