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Polícia Violência domestica

Vítima escreve carta pedindo liberação de marido agressor e é morta em seguida

Diante desses fatos, questiona-se se a carta de Rafaela influenciou na decisão judicial de libertar o agressor.

25/04/2024 12h31 Atualizada há 1 ano
Por: Carlos Valadares

Página de Notícias

Após a morte de  Rafaela Ramos dos Santos, que foi assassinada pelo ex-companheiro na frente dos filhos, na última terça-feira (23), foi encontrada uma carta escrita a próprio punho onde a mesma pedia ao juiz a liberação de seu marido de uma medida protetiva. Essa carta foi apresentada durante a audiência de custódia, resultando na libertação do agressor, que posteriormente cometeu o homicídio.

Uma investigação sobre a veracidade da carta foi conduzida, e a delegada Maria Cléssia Vasconcelos confirmou sua existência. Rafaela também possuía histórico de medidas protetivas expedidas pela DEAM e enfrentava um inquérito policial, incluindo acusações de estupro. O advogado apresentou uma carta escrita à mão por Rafaela durante a audiência de custódia. Além disso, a delegada revelou que Rafaela tinha medidas protetivas emitidas pela DEAM, assim como estava envolvida em um inquérito policial e enfrentava acusações de estupro, destacando a importância das medidas de proteção para sua segurança", contou.

Diante desses fatos, questiona-se se a carta de Rafaela influenciou na decisão judicial de libertar o agressor. A delegada em entrevista ao Programa Nas ruas e Na Polícia apresentado pelo repórter ALDO MATOS na rádio Sociedade News FM ressaltou a possibilidade de Rafaela ter sido pressionada a escrever a carta, levantando preocupações sobre sua saúde mental e sua dependência afetiva.

Além disso, destacou a importância de não culpabilizar a vítima, especialmente considerando o contexto de uma mulher com filhos e a necessidade de trabalhar para sustentá-los. O trágico desfecho do caso de Rafaela ressalta a urgência de abordar a violência doméstica e aprimorar as medidas de proteção às vítimas.

A delegada  enfatiza a necessidade de responsabilização e avaliação dos procedimentos judiciais em casos de violência doméstica. O projeto liderado pela promotora, que busca conscientizar sobre o feminicídio e suas consequências para toda a família, recebe destaque como uma iniciativa crucial nesse contexto.

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Silva

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