Coordenador da Polícia Civil de Feira de Santana, o delegado Roberto Leal contesta pesquisa que aponta o município como um dos dez mais violentos do mundo (leia mais). Segundo o delegado, é preciso saber a metodologia utilizada na pesquisa e nos locais onde foi realizada.
“Nós, da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, não sabemos a metodologia usada no levantamento e se os números são fidedignos, por isso a gente não discute essa pesquisa”, acentua.
“Mas reconhece que Feira de Santana tem um número elevado de homicídios. E não discutimos os números. Estão aí, divulgados por nós. Discutimos a metodologia. Não sabemos os países onde a pesquisa foi feita, se oferecem todas as informações, divergimos por isso”, destaca o delegado.
“Trabalhamos com dados que são apresentados. Mas existem secretarias de segurança de outros estados que não informam corretamente o número de homicídios, por exemplo”, pondera.
“Ao final do ano informados todos os números em relação a homicídios. E também discutirmos e avaliamos internamente os dados. O que percebemos é que os dados são públicos em relação à Bahia, mas será que outros países e estados têm o mesmo tratamento transparente dos números? Sabemos que existem cidades e países no mundo que têm altos índices de violência. No México, por exemplo, tem cidades com chacinas de mais de 100 pessoas de uma só vez”, exemplifica o delegado.
“Temos que acreditar em organismos que a gente conhece a têm metodologia e respaldo”, acentua o delegado, acrescentando que o número de homicídios em Feira é alto, mas entre 2020 e 2021, no mesmo período, houve redução.
