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Política Audiencia Pública

Audiência pública na Câmara propõe debate formal sobre o futuro da Micareta de Feira

O objetivo, segundo o parlamentar, é formalizar um espaço para ouvir as críticas, sugestões e elogios

15/05/2025 15h19
Por: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares

O futuro da Micareta de Feira de Santana foi tema de audiência pública na Câmara Municipal, realizada por iniciativa do vereador Pedro Américo, na manhã desta quinta-feira (15), na Câmara de Vereadores de Feira de Santana. O objetivo, segundo o parlamentar, é formalizar um espaço para ouvir as críticas, sugestões e elogios de quem vivencia a festa diretamente – produtores, barraqueiros, artistas e foliões.

“Sou uma pessoa que vive a Micareta intensamente há muitos anos. Durante a festa, sempre escutamos muitas opiniões: desde reclamações sobre a estrutura dos banheiros até a logística dos palcos e a contratação de bandas. Mas faltava um espaço institucional para reunir essas vozes, registrar oficialmente essas demandas e apresentar propostas concretas ao Executivo”, afirmou Pedro Américo.

A audiência reuniu diversos representantes do setor cultural e produtivo da cidade. Uma das pautas mais discutidas foi a proposta do prefeito José Ronaldo de transferir a Micareta para o mês de novembro. “O tema gerou opiniões divergentes, como era esperado. Alguns apontam que novembro também é um período chuvoso, outros destacam o impacto de festas regionais no mesmo mês. O consenso, no entanto, é que a festa precisa ser planejada com antecedência, independentemente da data”, pontuou o vereador.

Pedro defendeu ainda que, caso a mudança de data se concretize, o evento de 2025 precisa ser lançado já em setembro deste ano. “É preciso antecipar a divulgação, atrair patrocinadores, camarotes, blocos e repensar toda a estrutura da festa”, reforçou.

Durante a audiência, a produtora cultural Patrícia Sangalo também sugeriu a criação de um comitê gestor ou curadoria para acompanhar de forma mais efetiva a organização da Micareta. “A ideia é ter um grupo com premissas bem definidas, que possa diagnosticar os pontos que precisam avançar e servir como um espelho da sociedade feirense, organizando as demandas antes de levá-las ao poder público”, explicou.

Patrícia, que já foi responsável por blocos como Tribo e Flechada, avaliou que o modelo tradicional de blocos está ultrapassado. “A queda da axé music e a mudança no comportamento do público fizeram esse formato perder força. Hoje, os blocos mais aceitos são os de charanga, com vizinhos e amigos. Os blocos comerciais, com grandes atrações e abadás, não devem retornar.”

Ainda sobre o comitê gestor, Patrícia ponderou que a proposta precisa ser construída em diálogo com a sociedade. “É uma ideia a ser lançada. Não sei dizer ainda como seria a participação do poder público, mas vejo como algo semelhante ao comitê que Eliana Dumé coordenou no Carnaval de Salvador, ouvindo a sociedade diretamente.”

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Nailanne

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