Ex-funcionários das empresas de transporte de ônibus "18 de Setembro" e "Princesinha", que atuaram em Feira de Santana mas não estão mais sediadas no município, se reuniram nesta terça-feira (12) no escritório do vereador Jorge Oliveira. O objetivo do encontro foi buscar soluções para processos trabalhistas arquivados.
Cerca de 60 rodoviários compareceram à reunião, que contou com a presença do corpo jurídico do vereador, para entender os desdobramentos da situação, que já se arrasta há quase dez anos. Segundo estimativas, aproximadamente 1.200 trabalhadores foram impactados, mas apenas entre 200 e 250 receberam seus direitos.
Evanildo da Silva Moreira, ex-motorista da empresa Princesinha, afirma que a luta para receber os direitos trabalhistas já dura uma década. "Estamos nessa batalha há dez anos. Passei seis anos com o processo na Justiça, e agora já são dez anos aguardando uma solução", declarou.
Segundo ele, os ex-funcionários buscam informações sobre o andamento do processo e a localização de bens das empresas para viabilizar a execução das indenizações. "Queremos entender a situação do processo e até onde essa luta vai chegar", pontuou Evanildo.
Inicialmente, a ação foi coletiva, mas depois cada funcionário teve que seguir com seu próprio processo. "Cada um ficou responsável pelo seu caso. Cada funcionário tem um número de processo diferente, e estamos tentando entender o andamento de cada um", explicou.
Diante da falta de respostas, um novo movimento de ex-funcionários busca soluções para reaver os valores devidos. Renato Jesus, ex-cobrador da Princesinha, acredita que este é o momento de se unir. "Até agora, ninguém nos orientou sobre o que fazer. Mas hoje surgiu uma luz no fim do túnel. Criamos um grupo de pessoas que estão nessa luta há mais de dez anos. Queremos entender por que alguns receberam e outros não", afirmou.
Os trabalhadores também criticam a atuação do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana. Renato, por exemplo, preferiu buscar um advogado particular. "Fiquei muito desapontado com o sindicato. Peguei meu processo e passei para outro advogado, porque não vi interesse da entidade em resolver nossa situação", declarou.
Outra questão levantada pelos ex-funcionários é o paradeiro dos donos das empresas. "Até o momento, não temos informações sobre os proprietários. Estamos tentando, por meio de advogados, entender se o processo foi arquivado ou se pode ser reaberto", explicou Renato.
Uma possibilidade cogitada pelos trabalhadores é a solicitação de uma carta de crédito para viabilizar o pagamento dos valores devidos. "Precisamos saber se os bens da empresa ainda existem e se podem ser usados para garantir nossa indenização", concluiu Renato.
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