A delegada Clécia Vasconcelos, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), ressaltou o crescimento das ocorrências de violência de gênero e doméstica em Feira de Santana. Segundo ela, os principais registros incluem ameaças, injúrias e lesões corporais.
“A medida protetiva é um recurso essencial para garantir a segurança dessas mulheres. Assim que solicitam, o documento é expedido em tempo hábil para protegê-las”, explicou.
No entanto, Clécia reforça que o enfrentamento à violência contra a mulher vai além da atuação policial. “O acolhimento é fundamental. Isso envolve apoio psicológico, assistência social, casas-abrigo e oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Muitas mulheres não conseguem romper o ciclo da violência por conta da dependência emocional e financeira”, afirmou.
Para ajudar vítimas em situação de vulnerabilidade, a DEAM desenvolve ações sociais, como o Varal Solidário e campanhas para arrecadação de cestas básicas. “Ainda assim, esses esforços não são suficientes diante da alta demanda e das necessidades dessas mulheres”, pontuou a delegada.
Um dos casos recentes que chocou a cidade foi o de um homem que, após uma discussão com a esposa por conta de compras domésticas, atacou a própria filha, de 13 anos, com 17 facadas. “Além das marcas físicas, a menina ficou extremamente abalada e chegou a dizer que não queria mais ir para a escola. Buscamos apoio para minimizar as cicatrizes e ajudá-la no processo de recuperação”, relatou.
Clécia Vasconcelos destacou ainda que um dos maiores desafios no combate à violência de gênero é a influência das drogas. “Hoje, o uso de entorpecentes está entre os principais fatores que levam à violência contra a mulher. A dependência química agrava conflitos familiares e aumenta o risco de agressões”, concluiu.
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