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Geral Hétero-identificação

UEFS lidera implementação do sistema de hétero-identificação na Bahia

Em casos de dúvida, o candidato é direcionado para uma banca recursal presencial, que realiza uma análise mais detalhada.

25/11/2024 15h44 Atualizada há 1 semana
Por: Carlos Valadares

Foto: Carlos Valadares

A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) é pioneira na Bahia na adoção do sistema de hétero-identificação, que complementa a autodeclaração étnico-racial de candidatos em concursos públicos. O objetivo é confirmar a condição de pessoa negra ou parda, garantindo que as vagas destinadas a cotistas sejam ocupadas por quem realmente enfrenta as discriminações que essas políticas buscam reparar.

Segundo Joelma Oliveira da Silva, pró-reitora de Políticas Afirmativas da UEFS, o processo exige que os candidatos apresentem documentos, vídeos e textos de autodeclaração. Esse material é analisado por uma banca composta por três integrantes da universidade e dois da comunidade externa, todos treinados para avaliar características fenotípicas.

Foto: Carlos Valadares

Em casos de dúvida, o candidato é direcionado para uma banca recursal presencial, que realiza uma análise mais detalhada. A avaliação considera as características físicas que identificam o candidato como negro, baseando-se nos traços que frequentemente os tornam alvo de preconceitos e discriminações.

Fraudes no sistema têm sido detectadas, com candidatos brancos tentando acessar as vagas destinadas a negros. “A branquitude encontra formas de burlar o sistema, ocupando espaços pensados para reparação. Aqueles sem traços fenotípicos negros são reprovados pela banca e, em geral, não recorrem da decisão,” explicou Joelma.

Com inofmrações: Carlos Valadares

Por: Mayara Nailanne

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