A audiência de instrução dos dois policiais envolvidos na morte do jovem Marcelo Felipe Guerra dos Santos Rocha, de 18 anos, que ocorreria nesta segunda-feira (11) no Fórum Filinto Bastos, em Feira de Santana, foi adiada. Marcelo foi morto ao tentar escapar de uma blitz na Avenida Maria Quitéria, no dia 1º de abril de 2022.
A mãe do jovem, Daniela Guerra, expressou a profunda decepção pelo adiamento da audiência, que esperava com ansiedade desde janeiro. "Foi uma frustração muito grande, porque eu criei uma expectativa enorme para esse dia. Esperei ansiosamente, noites sem dormir, porque era um marco, um passo importante para que a justiça fosse feita aqui na terra", afirmou Daniela.
Ela relatou que o adiamento foi motivado pela ausência da juíza, que teve um imprevisto familiar, mas já designou uma nova data para a audiência: 14 de abril do próximo ano. Daniela expressou sua dor e determinação em buscar justiça. "A pior tragédia já aconteceu, que foi perder meu filho, mas isso não me impede de lutar. Ele teve a vida ceifada de forma cruel e covarde, e ainda tentaram manchar a reputação que ele preservou em vida. Aqueles tiros que o mataram continuam cravados dentro de mim; dói todos os dias".
A mãe recordou a relação especial que mantinha com o filho, descrevendo-o como amigo e parceiro. “Ele sempre me impulsionou a lutar. Quando me formei, ele foi meu padrinho, e cada aniversário dele era uma celebração de vitória. Hoje me sinto como alguém que teve uma perna amputada; sigo em frente, mas uma parte de mim foi arrancada, e essa ausência sempre vai doer”.
Daniela disse que acredita que a justiça será feita e continuará lutando por isso. "Meu nome, Daniela Guerra, significa ‘Deus é o meu justo juiz’. Acredito que minha justiça vem do Senhor, mas isso não me impede de lutar aqui na terra. Enquanto eu tiver fôlego, lutarei por justiça".
Quando questionada sobre o que diria aos policiais envolvidos, Daniela relatou que não sabe como reagiria, mas que gostaria de perguntar como tiveram coragem de tirar a vida de seu filho de maneira tão cruel. Ela fez um apelo aos policiais: "Parem de matar inocentes! É uma dor terrível para uma mãe sepultar um filho. Eu não desejo isso para ninguém".
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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