Influenciadores baianos são presos em operação contra jogos ilegais e lavagem de dinheiro

Ramhon Dias e José Roberto, conhecido como Nannan Santos, estão entre influenciadores presos na manhã desta quinta-feira (5), durante a Operação Falsas Promessas, que mira uma organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas por meio de jogos de azar. O bahia.ba tenta contato com a defesa deles.

Ao todo, são cumpridos mais de 50 mandados de busca e apreensão na capital, em cidades do interior e nos estados de Goiás, Espírito Santo e Ceará.

Na Bahia, as diligências ocorrem em Juazeiro, Santo Antônio de Jesus e São Felipe.

Um homem apontado como chefe de uma facção criminosa no Nordeste de Amaralina foi morto em confronto com os agentes.

Segundo a Polícia Civil, Sueliton de Almeida Coelho chegou a ser socorrido para o HGE (Hospital geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos). Foi apreendida com ele uma arma de guerra de origem turca, de acordo com informações da TV Bahia.

Um dos alvos prioritários da ação, Ramhon Dias se apresentava nas redes sociais como empresário e proprietário da Máquina de Prêmios, uma página em que promove “sorteios diários” de carros de luxo e dinheiro em espécie.  Eram prometidas cotas e rifas que poderiam ser adquiridas por valores a partir de R$ 0,49.

Somente no Instagram, Ramhon acumula mais de 445 mil seguidores. Além de promover jogos de azar, ele também publicava fotos ostentando uma vida de alto padrão.

Os registros, no entanto, não estão mais disponíveis. Já Nannan possui mais de 1 milhão de seguidores numa conta com o mesmo perfil de postagens.

Cerca de 200 policiais civis participam da ação.

A operação ocorre um dia após a prisão da advogada e influenciadora Deolane Bezerra, suspeita de integrar uma organização criminosa que teria movimentado quase R$ 3 bilhões via jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
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Conhecida como Dra. Deolane, ela foi detida com a mãe, Solange Alves, no bairro de Boa Viagem, zona sul do Recife.

A influenciadora nega a prática de crimes e disse em depoimento à polícia que recebia dinheiro da casa de apostas Esportes da Sorte por meio de contratos de publicidade.