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Presidente da CBF considera branda a pena por racismo contra Vini Jr

A decisão histórica foi contra três torcedores do Valencia, condenados por insultarem Vini Jr. chamando-o de “macaco” no estádio Mestalla, em maio de 2023

11/06/2024 06h09
Por: Carlos Valadares
Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

Em Orlando, nos Estados Unidos, onde acompanha a delegação da Seleção Brasileira em preparação para a Copa América, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, comentou a recente condenação de três indivíduos por atos racistas contra Vinícius Júnior, atacante do Real Madrid e da Seleção Brasileira. Embora tenha elogiado a decisão judicial, Rodrigues classificou a pena de oito meses de prisão como insuficiente.

“Particularmente, achei uma pena branda por algo que fere de forma mais profunda uma pessoa. Mas é uma pena. A CBF há algum tempo tem conversado com a Fifa, com a Uefa e com a Conmebol sobre penas mais fortes para casos de racismo. Tem se dado multas, que mudam muito de valor, eram punições muito tímidas, é preciso punições desportivas”, afirmou Ednaldo.

A decisão histórica foi contra três torcedores do Valencia, condenados por insultarem Vini Jr. chamando-o de “macaco” no estádio Mestalla, em maio de 2023. Em resposta aos críticos que desaprovaram a realização de um amistoso contra a Espanha em Madri, em março deste ano, Ednaldo defendeu a partida, destacando seu papel na luta contra o racismo. “Fomos criticados, mas nós fomos lá justamente para dizer isso, ‘racista, estamos aqui e isso um dia vai acabar’. Foi um importante passo dado essa pena, vamos continuar batalhando para acabar com o racismo no futebol e esse é a bandeira da CBF”, disse.

Durante o Congresso da Fifa na Tailândia, em 17 de maio, a direção da entidade apresentou propostas de combate ao racismo, incluindo a solicitação para que todos os países introduzam punições criminais em suas legislações para atos racistas. Além disso, a Fifa exigirá que suas 211 federações filiadas incluam em seus códigos disciplinares punições severas para clubes, entidades do futebol e torcedores envolvidos em racismo, como eliminação de campeonatos e rebaixamentos. A CBF já incorporou essas medidas em sua regulamentação.

Os três condenados na Espanha também foram banidos dos estádios por dois anos e obrigados a arcar com os custos do processo, marcando a primeira condenação por racismo no futebol espanhol e a primeira resposta judicial à série de atos racistas contra Vini Jr. no último ano.

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