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Geral Dengue em Feira

Aumento exponencial da Dengue em Feira de Santana gera preocupações na saúde pública

Sintia salienta que nas visitas dos agentes, eles orientam os moradores sobre locais propícios para a proliferação do vetor e incentivam a realização semanal de verificações nas residências, evitando acúmulo de água parada.

27/02/2024 12h58 Atualizada há 2 anos
Por: Carlos Valadares Fonte: Página de Notícias

Página de Notícias

No ano de 2024, foi observado um aumento significativo nos casos de dengue em Feira de Santana, mais que o dobro em comparação a 2023, causando preocupações na saúde pública do município. Sintia Sacramento, coordenadora do centro de endemias de Feira de Santana, expressou sua apreensão durante uma entrevista ao Página de Notícias e ressaltou que o crescimento constante dos casos ao longo dos meses intensifica a inquietação.

Segundo a coordenadora, existem bairros específicos, como Rua Nova, Calumbi e Papagaio, que frequentemente apresentam esse aumento de casos. "Para enfrentar essa situação, o carro fumacê realizou suas operações até o dia 17 deste mês, visando equilibrar a situação nesses bairros. O trabalho contínuo dos agentes de endemias, que percorrem casa a casa diariamente, é essencial, mas é importante solicitar a colaboração da população ao permitir a entrada dos agentes, mesmo nas residências aparentemente limpas", completa.

Foto Carlos Valadares

Sintia salienta que nas visitas dos agentes, eles orientam os moradores sobre locais propícios para a proliferação do vetor e incentivam a realização semanal de verificações nas residências, evitando acúmulo de água parada. "Então é importante que ele entre e que você acompanhe o agente de endemias, para poder, depois, você fazer esse trabalho toda semana em sua casa, verificando se tem a água parada. Também a gente tem entregas de capa, para aquelas pessoas que tiverem tanques, túneis que perderam a capa, nós entregamos essas capas, inclusive o agente de endemias está empenhado nisso, encontrar essas residências para poder colocar essas capas."

Cíntia aborda o trabalho com bloqueio, destacando a utilização de uma bomba costal com o mesmo veneno do Carro Fumacê, acionada apenas em áreas com mais de dois ou três casos confirmados de dengue. " ele utiliza o mesmo veneno do carro fumacê, só que é uma bomba que os meninos levam nas costas, mas essa bomba costal a gente só faz quando você tem mais de dois ou três casos confirmados, notificados de dengue, como também pessoas que foram confirmadas com dengue.  quando o agente entra na residência, você acompanhar o trabalho dele, que ele vai estar te sinalizando os locais propícios, o que é que deve fazer, o que não deve, e você colocar em prática, toda semana você fazer esse trabalho que a gente faz na sua residência, verificar se ficou aquela água parada para não proliferar. Então, é importante quem tem PET observar os vasilhames de água, passarinho, cachorro, enfim, estar lavando também, porque os ovos da fêmea não é visível ao olho nu. Então, é importante estar fazendo essa limpeza nas bordas do vasilhame. Quem tem criança, às vezes, nesse verão, colocou aquelas piscinas plásticas. Então, retirar, mesmo que não esteja usando, porque às vezes o pessoal deixa lá a parada e chove, acumula a água, mesmo um pouquinho de água é propício para a fêmea ir lá, colocar os ovos e proliferar",

No âmbito estadual, Cíntia explica que todos os trabalhos são enviados para o Estado e Ministério da Saúde, que monitoram e coordenam ações, especialmente em relação ao carro fumacê. "No caso do carro fumacer, a gente precisa, diretamente, estar fazendo esse trabalho em conjunto com o Estado, que eles precisam estar monitorando e liberando, tanto o veneno quanto também alguns carros. O município tem um único carro, que é o que a gente faz também o trabalho. Não é você chegar e dizer, que quer o carro na minha rua, eu quero na minha casa, não é assim, então existe um protocolo para ser seguido para se passar o carro fumacê. Inclusive, o carro fumacer é a última instância para que a gente utiliza"

Foto Carlos Valadares

Quanto à capacidade de resposta para diagnósticos, Cíntia destaca a rapidez no atendimento aos casos notificados, com um prazo de até 48 horas para realizar serviços nas residências, principalmente para aqueles confirmados e internados."As pessoas que estão com sintomas, elas têm que procurar a unidade de saúde para ser notificada. Essas notificações são levadas para a Secretaria de Saúde e passadas para a gente. É um trabalho rápido, inclusive, quem está internado, que é confirmado. A gente tem um prazo de até 48 horas para poder fazer o serviço nessa residência. Então, a gente é passado essas fichas de notificação por um grupo que a gente criou até do WhatsApp para agilizar realmente esse trabalho. Então, por isso que é importante que a população vá às unidades de saúde para ser notificado. Porque a gente fica sabendo dos casos e os bairros que precisam ser trabalhados através das notificações também"

No contexto educacional, há um comitê envolvendo várias secretarias, incluindo saúde, meio ambiente e educação, para alinhar estratégias de combate à dengue. Todas as unidades de educação estão engajadas em implementar medidas de conscientização, incluindo apresentações e atividades em escolas e empresas.

Cíntia reforça a importância da população em manter vigilância constante, eliminando qualquer recipiente com acúmulo de água, mesmo em pequenas quantidades. Ela destaca a necessidade de descartar adequadamente a água com larvas, evitando o esgoto, e incentiva o uso de repelentes como medida preventiva.

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Silva

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