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Polícia Ajuda psicológica

Jovem que teve braço arrancado e filha morta pelo ex-companheiro pede ajuda psicológica

Segundo Manoela Santos, ela e o acusado, Arilton Barbosa da Paixão, que faleceu apedrejado por populares na tarde do crime, já tiveram um relacionamento há muito tempo.

28/02/2023 13h41 Atualizada há 3 anos
Por: Carlos Valadares Fonte: Página de Notícias
Foto: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares

A jovem Manuella da Silva Santos, que teve um braço decepado e os dedos da mão do outro braço arrancados com golpes de facão e de um objeto conhecido como mão de pilão no último dia (16), no povoado de Água Grande, localizado no distrito de Maria Quitéria, teve alta do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e falou com exclusividade para o site Página de Notícias como tudo aconteceu.

Após a tragédia Manuella da Silva Santos e sua família precisa de ajuda financeira e psicológica para todos, inclusive as crianças, já que todo mundo presenciou o que aconteceu. "O que ajudava nas despesas da família era a pensão que o pai de  Kathleen dava e o auxilio do governo que eu recebo e agora tudo fica mais difícil, pois nem banho posso tomar sozinha e nem tenho como trabalhar"

Segundo Manuella Santos, ela e o acusado, Arilton  Barbosa da Paixão, que faleceu apedrejado por populares na tarde do crime, já tiveram um relacionamento há muito tempo. "Nós tivemos um caso no passado, há muito tempo e desde então ele criou essa obsessão, dizia que não via ninguém mais como mulher e eu falava, Arilton para com essa mania eu vou te ajudar a ser um homem, ter uma família, mas sai do meu pé e ele só falava que me amava", contou. 

Manuela fala detalhes de como a tragédia aconteceu. Tudo começou por causa de um balanço, estava eu e as crianças brincando no balanço como já fazíamos, mas ele já tinha um tempo me ameaçando e nesse dia para ele vim até a mim ele foi e tomou o balanço da mão de uma das crianças e ficou lá sem querer sair mais do balanço e aí outra criança falou que ia à casa da mãe e ele ainda assim não devolveu o balanço, foi quando eu disse, que isso não iria ficar assim não e fui lá. 

"Estava minha sobrinha, meu neto, minha filha, meu filho, mais cinco primos meu e aí ele chegou e já foi pegando a mão de pilão e me dando muita "barrotada" pela cara, pela cabeça e eu tentando me defender com a mão e aí depois ele me empurrou no arame e me deixou pendurada no arame, no que ele me deixou pendurada e eu conseguir sair, ele falou, eu vou acabar com tudo que é seu, já que você não me quer eu vou acabar com tudo que é seu. Foi quando ele viu minha filha que estava com meu neto próximo da fonte, mas a fonte estava fechada e ele veio correndo querendo da paulada nas crianças tudinho, ai meu filho viu e pegou um pau e começou a dar pauladas nele, quando eu vi ele dando as pauladas em minha filha e nesse momento meu cabelo ainda estava enganchado no arame, eu puxei de vez para poder tentar salvar ela, mas ela já estava no chão e ele quando viu isso começou a dar mais cacetada ainda nela e meu filho dando cacetada nele, nesse momento eu consegui chegar nele, mas minha filha só olhou para o lado a parece que deu um suspiro", relatou.  

"Eu falei não é possível que você matou minha filha Arilton e aí ele saiu correndo dizendo que ia cortar todo mundo e eu sai correndo atrás dele e nesse percurso minha mãe já estava vindo e eu falei, minha mãe segura ele que ele matou a ketlen, ele jogou a mãe de pilão que quase acertava minha mãe, abriu a porteira da casa dele e foi diretamente pegar o facão e eu atrás dele. A irmã dele ainda me segurou e falou para mim não ir e eu falei, ele matou minha filha e eu vou falar com sua mãe, nesse período ele já estava vindo com o facão na mão, não deu nem tempo de eu chegar na mãe e no pai dele, mas cheguei a ver eles ainda. Nessa hora que a gente bateu de frente ele falou que se eu não ficasse com ele não ia ficar com mais ninguém", contou Manoela a Página de Notícias. 

Manoela finaliza contando que nesse momento ele já veio com os golpes de facão falando que ia cortar, tanto que os pais dele ficaram assustados sem saber se vinha para cima ou se saia e ele começou dando em meus dedos, deixou um dedo só e depois na minha cara, na minha cabeça e depois foi tirar meu braço.  "Ele só não tirou o dedo polegar da minha mão porque tinha um anel. Ele me jogou no chão, ficou em cima de mim e falando que ia cortar e eu falava pode cortar, mas as crianças não e aí ele já ia arrancar meu pescoço, foi quando uma tia minha chegou e começo a gritar outro primo meu que foram para cima dele e ele saiu correndo com meu braço, mas não sei onde jogou", finaliza. Com informações de Carlos Valadares. 

 

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