Aos 80 anos, Creuza Soares da Silva, moradora da Rua Garanhuns, nº 950, bairro Conceição, vive uma situação descrita pelos vizinhos como “deplorável” e “desumana”. Segundo relatos de moradores, o benefício que ela recebia foi cortado há cerca de quatro meses, agravando ainda mais sua rotina já marcada por pobreza extrema, problemas de saúde e isolamento.
A reportagem conversou com Dona Estela Silva Santos, vizinha que acompanha o caso há mais de três anos e que tem sido, junto com outras moradoras da rua, a principal referência de cuidado para a idosa. “Ela não tem família que cuide. Estamos sobrecarregadas”
“Dona Creuza é uma pessoa que não tem família presente. Há mais de três anos damos suporte: banho, comida, o básico. Mas de seis meses para cá, depois que cortaram a pensão dela, tudo ficou pior”, relata Dona Estela.
Foto: Carlso Valadares
Segundo ela, a situação ficou ainda mais grave há cerca de um mês, quando o fornecimento de água da residência foi suspenso.
“Ela precisa de água para tomar banho, para comer, para viver. Eu moro a três ruas daqui, tenho meus problemas de saúde, não consigo carregar baldes de água para lá e para cá”, desabafa.
A residência onde a idosa vive não possui piso adequado, geladeira, cama ou banheiro em condições mínimas de higiene.“A casa é de chão, não tem cama, não tem banheiro digno. Ela tem mais de 15 dias sem tomar banho, porque tivemos que nos afastar por uns dias e ninguém pôde cuidar”, conta Estela, emocionada.
Moradores relatam também a presença de insetos e sujeira acumulada, consequência da incapacidade da idosa de realizar sozinha atividades básicas do dia a dia.
Foto: Carlso Valadares
Outra vizinha, Dona Dionísia, também acompanha o caso e reforça as preocupações com a segurança de Dona Creuza.“Ela passa a noite sozinha, perambulando dentro da casa. Usa muletas, pode cair, pode se machucar. E não sabemos se ela está bem mentalmente. O que sabemos é que ela precisa de ajuda urgente”, lamenta.
As moradoras pedem que Dona Creuza seja acolhida em uma instituição adequada, onde possa receber cuidados profissionais.
“Nosso apelo é por uma vaga em um lar de idosos, um lugar onde ela tenha uma velhice digna. Nós, vizinhos, fazemos o que podemos, mas trabalhamos, temos nossos problemas, não damos conta sozinhos”, diz Estela.
Segundo as vizinhas, a idosa tem um filho, mas elas afirmam que ele não presta assistência.
De acordo com Dionísia, “ele se nega até a fornecer água para que possamos fazer a higienização dela”. A reportagem reforça que essa informação é um relato dos moradores e não conseguiu contato com o familiar até o momento.
Diante do cenário, os vizinhos pedem apoio do poder público — especialmente da assistência social — para garantir a sobrevivência e a dignidade da idosa.
“É uma situação muito complicada. Quem tem juízo não consegue nem olhar sem se assustar. Nós só queremos que ela seja cuidada, que saia desse sofrimento”, conclui Estela.
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