Na manhã desta terça-feira (20), o vendedor ambulante Luiz Henrique, conhecido por atuar em defesa dos trabalhadores informais, denunciou ter sido agredido por fiscais da prefeitura e por um agente da Guarda Municipal enquanto trabalhava na rua Pedro Francelino, no centro de Feira de Santana. Segundo ele, a abordagem foi violenta e sem justificativa legal, impedindo-o de oferecer seus produtos aos transeuntes.
Luiz Henrique relatou que foi abordado por fiscais da prefeitura e por integrantes da Guarda Municipal enquanto oferecia capas de celular e uma tela a potenciais clientes na calçada da rua Limano de Moraes. Segundo o ambulante, a abordagem aconteceu de forma agressiva e ele foi impedido de continuar seu trabalho. “Veio o guarda municipal, veio fiscalização da prefeitura, a mando da prefeitura, dizendo que eu não posso trabalhar. Eu tava com minha mercadoria... quer dizer, com uma tela na mão, oferecendo aos meus clientes. Eles falavam que não era para comprar e que eu não podia trabalhar. Disseram que, se fosse assim, era melhor eu roubar”, denunciou.
Foto: Carlos Valadares
Henrique afirmou que questionou qual legislação o proibia de circular com produtos nas mãos, mas não obteve resposta. Ele contou ainda que foi fisicamente agredido durante a ação. “Eu perguntei qual é a lei que me proíbe de eu ficar com algum item na minha mão. Ele não soube me explicar. Um da Guarda Municipal se alterou, veio pra cima de mim, tomou minha tela da mão, me agrediu. Tem filmagem, tem tudo da Lucidata”, afirmou.
Apesar da abordagem, Luiz Henrique contou que os agentes não apreenderam sua mercadoria, que, segundo ele, permanece guardada em sua loja. O ambulante disse que apenas circulava oferecendo os produtos e reforçou que não estava atrapalhando o tráfego de pedestres.
“Eu estava com a tela na mão, com umas cinco capas, oferecendo aos povos que estavam passando. Não estava atrapalhando ninguém.”
O ambulante garantiu que não pretende deixar o local e seguirá trabalhando para sustentar sua família e os colegas que dependem do negócio. “Eu vou continuar aqui. Eu só tenho aqui. É daqui que eu tiro o meio de alimentar minha família, meus filhos. Não é só eu também. Tem um pessoal que está comigo, que tem filhos também, que depende disso. Eu estou aqui para batalhar, não para roubar.”
Henrique identificou os fiscais que o agrediram como os conhecidos "rapas", agentes da fiscalização municipal que atuam com frequência no centro da cidade.
Com infromações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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