O arcebispo metropolitano de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino Castro, lamentou nesta segunda-feira (21) a morte do Papa Francisco. Ele destacou o legado do primeiro pontífice latino-americano e sua influência para além da Igreja Católica.
“Embora soubéssemos da fragilidade de sua saúde, fomos surpreendidos com o falecimento. Conheci Francisco ainda como cardeal Bergoglio, em Aparecida. Ele me nomeou arcebispo de Feira e marcou profundamente a Igreja e a humanidade”, afirmou.
Dom Zanoni relembrou encontros com o Papa, como a entrega do pandeiro da comunidade quilombola da Matinha dos Pretos, e ressaltou: “Ele é admirado por cristãos de várias denominações, por judeus, muçulmanos e até por pessoas sem religião. Foi um líder global”.
Segundo o arcebispo, Francisco foi um reformador. “A Igreja não será a mesma depois dele. Valorizou os pequenos, deu voz às mulheres e propôs uma Igreja em saída”.
Sobre os próximos passos, explicou que as missas continuam normalmente e que a oração pelo Papa será suspensa até a eleição do novo pontífice. “Rezamos para que Deus nos envie um sucessor à altura”.
Dom Zanoni comentou ainda a possibilidade de um novo Papa latino-americano. “É possível. Francisco nomeou muitos cardeais alinhados com sua visão. O Brasil tem oito cardeais, sendo sete aptos a participar do conclave. Sérgio da Rocha é um nome possível”.
O sepultamento será feito de forma simples, como Francisco desejava, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
“Um homem sensível, que deixa um legado de amor, abertura e justiça social”, finalizou Dom Zanoni.
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