De janeiro a junho deste ano foram comercializados em todo o País 79.304 veículos leves eletrificados. O resultado representa um aumento de 146% sobre as 32.239 vendas do primeiro semestre de 2023, e de 288% sobre as 20.427 do mesmo período de 2022.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Ricardo Bastos, os números confirmam a evolução do mercado de eletromobilidade no Brasil, hoje dominado pelos veículos elétricos plug-in (tomada e gasolina) e, dentre estes, pelos totalmente elétricos.
A previsão da entidade é de que haja em 2024 um novo recorde de mais de 150 mil unidades vendidas no ano, o que significaria um crescimento superior a 60% sobre os 93.927 de 2023.
Na Bahia, os números do setor no primeiro semestre de 2024 mostram-se estáveis com relação ao mesmo período do ano anterior. Nos seis primeiros meses deste ano foram emplacados no estado 2.292 veículos eletrificados, ou 2,9% do total do Brasil, mesmo percentual alcançado no período correspondente de 2023, quando foram comercializados 2.764 modelos.
“O setor está amadurecendo, principalmente desde o ano passado, quando tivemos um recorde de vendas, com 93.927 unidades emplacadas. Hoje, representam 7,5% das vendas totais do mercado, enquanto os elétricos puros já atingiram uma participação de 2,5% em junho de 2024”, afirma Ricardo Bastos.
Prós e contras
Coordenador dos cursos de Engenharia Mecânica e Automotiva do Senai Cimatec, Júlio Câmara ressalta que a principal vantagem em ter um veículo eletrificado é o baixo custo para recarregar, cerca de 1/4 do valor gasto com gasolina, “em uma conta similar”, ressalta. Às vezes, até de forma gratuita, como em shopping, postos e rodovias, frisa Câmara.
Já as desvantagens seriam o alto preço dos modelos disponíveis, e a parca infraestrutura de abastecimento. Ainda de acordo com o professor, há também a tendência dos preços dos carros subirem, a partir do aumento gradual e programado das alíquotas do Imposto de Importação dos veículos eletrificados, que até julho de 2026 devem chegar a 35%. Além da possibilidade de incidência do novo Imposto Seletivo, que, depois de aprovado na Câmara dos Deputados, passará por discussão no Senado.
Ainda de acordo com Câmara, os modelos são divididos basicamente em híbridos e 100% elétricos. Os primeiros podem ser convencionais (motor flex, mais elétrico, porém com pouca autonomia) ou do tipo plug-in (carrega na tomada, bateria maior e mais autonomia). Já os totalmente eletrificados, estes com bateria de até 500kg, o que impacta no custo.
Ex-dono de convertedora veicular e centro automotivo, o empresário Augusto Croesy, 49, de tão entusiasta da tecnologia está no quarto BYD. De olho no mercado em potencial, ele também empreendeu na área, e abriu a Electricar, empresa especializada na venda e instalação de carregadores de parede e portáteis. “Quando a BYD chegou eu já conhecia a marca, o mercado, e eles trouxeram os veículos mais acessíveis. Antes, porém, eram bem caros. Mas o preponderante aqui (com os veículos) é a economia”.
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