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Operação Policial resgata jovem vítima de cativeiro em Feira de Santana

O delegado João Rodrigo Uzzum informou que teve conhecimento do caso através da família da jovem de 18 anos, cujo nome será preservado para garantir sua privacidade.

24/02/2024 06h30
Por: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares

Na tarde de ontem (23), policiais civis da 1ª Delegacia Territorial (DT) deflagraram uma operação para resgatar uma jovem de 18 anos que estava em cárcere privado pela ex-namorada desde o último domingo (18) no conjunto Fraternidade, em Feira de Santana.

O delegado João Rodrigo Uzzum informou que teve conhecimento do caso através da família da jovem de 18 anos, cujo nome será preservado para garantir sua privacidade. A jovem estava desaparecida, levando a família a iniciar uma busca desesperada. Ao descobrirem que ela poderia estar na residência de uma ex-namorada, posteriormente confirmada, a mãe, preocupada, procurou ajuda na delegacia.

Segundo o delegado, a moça veio da cidade de Santa Bárbara, onde trabalha em uma escola de idiomas, e a mãe não tomou conhecimento de que ela saiu do trabalho por volta do meio dia. "A vítima trabalha em uma escola de idiomas em Santa Bárbara, e a mãe soube que ela saiu do trabalho – onde dormia – através da proprietária da escola. Preocupada, a mãe colheu algumas informações e foi até a delegacia. Quando conseguiu contato com a filha, percebeu que ela estava nervosa e agindo de forma estranha, o que levantou suspeitas. A mãe já tinha conhecimento porque ela fiscalizava as redes sociais da filha, felizmente ela tinha esse cuidado, e sabia que a filha tinha contato com a flagranteada. No instante em que ela veio para a delegacia, os policiais passaram a fazer pesquisas e descobriram várias residências dessa flagranteada aqui na cidade e passaram a empreender diligências".

"Os policiais foram diligenciar nesse bairro, e nesse meio tempo, a vítima conseguiu contato com a mãe, fornecendo alguns detalhes da casa e confirmando que estava em cativeiro, sem poder sair da residência, sendo vigiada, e temendo por sua vida. Os policiais, então, conseguiram identificar a casa e ao pararem na frente da residência, que tinha um portão de ferro, ligaram a sirene e começaram a chamar o nome da vítima, momento em que ela, por meio da fresta da janela, começou a gritar por socorro. Os policiais, após arrombarem as portas, conseguiram libertar a vítima, que estava em completo desespero naquele instante. Após acalmar-se, o policial indicou o local onde a autora do delito estava, ou seja, quem a manteve trancada por uma semana. Os policiais conseguiram dar voz de prisão em flagrante à autora, que estava no trabalho em uma empresa situada aqui em Feira de Santana", contou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a vítima somente teve acesso ao seu celular depois que teve que manter relações sexuais com essa autora. "Tudo indica que a autora não se conformou com o término do relacionamento. Nesse instante, então, elas chegaram a discutir. É importante ressaltar que, segundo as palavras da vítima, ela foi à casa da autora de livre e espontânea vontade no sábado passado. Posteriormente, ocorreu uma briga onde ela foi lesionada, apanhou, e a autora a ameaçou com uma faca. A partir daí, deu-se início ao cativeiro", informou.

Rodrigo Uzzum falou que é importante ressaltar que, segundo as palavras da vítima, ela veio de livre espontânea vontade para a casa da autora. Isso foi no sábado passado, e posteriormente ocorreu uma briga onde ela apanhou, a autora a ameaçou com uma faca e a partir daí então se deu início ao cativeiro. "A vítima confirmou que elas tiveram um relacionamento, um namoro, por um ano e quatro meses, e que o namoro terminou, e após o término do namoro iniciaram os problemas. Segundo o que consta, uma das razões que deixou a autora com raiva após o termo de relacionamento é ter tido conhecimento de que a vítima estava namorando outra pessoa. Isso certamente causou revolta e conduziu a essa atitude".

"Nós autuamos ela em flagrante pelo delito de cárcere privado qualificado, ou seja, quando tem fim libidinoso, tendo em vista ter tido relações sexuais com a vítima em decorrência do cárcere. Agora ela vai ser submetida a audiência de custódia, e caso seja decretada a preventiva, será encaminhada ao presídio regional de Feira", finaliza o delegado.

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