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Polícia Justiça

Familiares e amigos exigem respostas para a morte do pequeno Brayan no HEC

Alexandro e Maria também perderam a filha Valentina "Nos sentimos melhor com o atendimento dos estagiários".

03/02/2024 10h48 Atualizada há 2 anos
Por: Carlos Valadares Fonte: Página de Notícias

Foto Carlos Valadares

Página de Notícias

Neste sábado (3), familiares e amigos de Brayan Bastos Barreto, um bebê de apenas um ano e três meses que faleceu na última sexta-feira (26) no Hospital Estadual da Criança, se reuniram em frente à instituição em Feira de Santana buscando chamar a atenção das autoridades para as circunstâncias que levaram à morte prematura da criança. Segundo a familia da criança, o  motivo da manifestação foi a ausência de atendimento médico adequado, já que Brayan chegou ao hospital com febre inferior a 39 graus e não pode ser atendido na instituição.

Foto Carlos Valadares

Luciano Góes Barreto, pai de Bryan Bastos Barreto, expressou sua indignação diante da omissão de socorro, negligência profissional e demora no atendimento que culminaram na perda irreparável de seu filho. "Eles têm que rever as reciclagens dos profissionais, pelo mal atendimento, pelo socorro do meu filho que demorou. Eu consegui, do lado de fora, ainda chegar primeiro do que a médica e ela ainda chegou e entrou fria na sala. Não está sendo fácil para minha esposa que está à base de remédios. Está muito complicado para nós familiares, amigos", desabafou Luciano.

Foto Carlos Valadares

Alexandro Vieira e a esposa Maria se juntaram ao grupo para compartilhar a dor que sentem desde o dia nove de outubro do ano passado quando perderam Maria Valentina segundo Alexandre relatou ao Página de Notícias, Maria teve a gravidez acompanhada pelo HEC onde faria uma cesariana "no dia nove de outubro minha esposa deu entrada no hospital com a documentação para fezer um parto cesário, eles começaram a induzir o parto do dia 9 ao dia 11 chegando dia 11 as 12h 54 a criança nasceu sem respirar, acredito que foi erro medico"afirma Vieira.Maria Valentina morreu a 1:50h da madrugada.

A família da criança busca por respostas, criando um grupo de apoio através de amizades e redes sociais. "Estamos firmes e fortes nesta causa, lutando pelo nosso pequeno Brayan que tanto amávamos. Sabemos que não teremos a criança de volta, mas a manifestação é um alerta para que outros casos como esse não venham a acontecer. Pedimos que pessoas que passaram pelo mesmo sofrimento se unam a nós para chamar a atenção das autoridades", destacou Luciano.

Luciano agradeceu o apoio recebido até o momento e enfatizou o propósito da manifestação: "No Brasil, é comum varrer os erros para debaixo do tapete, mas não estamos aqui para isso. Estamos aqui para lutar por Brayan e vamos lutar por essa causa. Queremos que outras crianças não sofram o que nosso filho sofreu, e que outros pais não enfrentem o que estamos vivendo. Não queremos que ninguém mais fique doente, pois não foi fácil receber a notícia da morte de Brayan ao entrar na sala."

A família exige uma investigação rigorosa sobre as circunstâncias que levaram à morte de Brayan Bastos Barreto e espera que as autoridades tomem medidas para evitar tragédias semelhantes no futuro.

Nota do Hospital estadual da criança:

O Hospital Estadual da Criança informa que lamenta o ocorrido e que se solidariza com os familiares. O serviço social da unidade hospitalar está disponível para quaisquer esclarecimentos aos familiares. 

Na oportunidade, o hospital informa que segue, para classificação de risco, o protocolo do Humaniza SUS para todos os pacientes que dão entrada na emergência, no qual são avaliados os sinais vitais, incluindo temperatura, sintomas, hemodinâmica do paciente, comorbidades, estado geral e nível de consciência. O HEC é uma unidade de alta complexidade. Pacientes classificados como azul e verde são encaminhados para atendimento em unidades de menor complexidade, conforme a rede de atenção do estado.

Durante todo o tempo, o HEC se mantém sempre disponível para receber o paciente, caso ocorra mudança no estado de saúde, por meio de pedido de transferência.

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Silva

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