Três vezes por dia, Sofia Stefany recebe uma aplicação de insulina. Quando o diagnóstico de diabetes veio, pouco antes do início da pandemia da covid-19, a poodle de 10 anos teve que mudar a alimentação e passou a ficar sob acompanhamento constante. Para organizar os horários, em casa, a família fez até uma planilha que deve ser preenchida a cada injeção.
“O pessoal fala ‘sua cachorra puxou a você, é diabética também. Eu digo que puxou mesmo”, conta a tutora, a estudante de Filosofia Waldete Milla, 59 anos, ela própria diagnosticada com diabetes há quase uma década."É complicado tratar diabetes em cachorro, principalmente porque no interior não tem muitos veterinários especialistas na doença", acrescenta ela, que mora em Ilhéus, no Sul do estado.
Nos últimos anos, o crescimento de casos de diabetes entre pets tem exigido ainda mais atenção de tutores e médicos veterinários. Um estudo feito pelo Grupo PetLove com 220 animais identificou que 14% dos cães e gatos tinham a doença. A pesquisa, divulgada no fim do mês passado, analisou pets que fazem parte do programa de cuidados do plano de saúde da empresa para doenças crônicas por um ano.
Na população em geral, estudos americanos e ingleses estimam em pouco menos de 1% de incidência entre cães. Entre gatos, os índices também são parecidos. Mas, nas clínicas veterinárias, são ocorrências cada vez mais comuns, segundo a médica veterinária Simone Freitas, coordenadora da Clínica Veterinária (Clivet) da Unifacs.
"Só que quando aparece na clínica, muitas vezes (o quadro) já está em estágio avançado e entra como uma emergência, uma complicação do diabetes. Seria um quadro onde o animal já corre risco de morte, porque é uma descompensação metabólica muito difícil de reverter", explica.
A leitura também é a mesma da médica veterinária Letícia Pina, pós-graduada em endocrinologia. Segundo ela, entre os distúrbios endócrinos, a diabetes vem crescendo muito na clínica de pequenos animais. "Ouso dizer que é o mais frequente. Acomete principalmente cães de meia idade a senis", diz, citando um aumento relacionado à obesidade e más práticas de nutrição.
"Os tutores acham que um 'biscoitinho não faz mal'. Sem contar que os tutores ainda negligenciam as idas ao veterinário e os exames que são solicitados. É uma doença que exige um esforço conjunto do veterinário e do tutor para se ter um tratamento efetivo", acrescenta.
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