Uma operação emergencial realizada nesta quarta-feira (10) sob o viaduto da Fraga Maia, em Feira de Santana, reuniu o Juizado da Infância e Juventude, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar após diversas denúncias sobre a presença de crianças em situação de risco no local. Segundo o juiz da Infância, Dr. Fábio Falcão, o objetivo foi interromper práticas de negligência e conscientizar adultos que utilizam menores para pedir dinheiro em semáforos e cruzamentos da cidade.

Durante a ação, foram encontradas crianças e adultos vivendo em condições insalubres, expostos ao sol, poeira, falta de higiene e até alimentos perecíveis deixados ao relento. “Não podemos permitir que crianças fiquem sujeitas a toda sorte de riscos, intempéries e negligências. Isso incomoda toda a rede de proteção”, afirmou o magistrado.
O juiz explicou que recebeu inúmeras mensagens em seu WhatsApp relatando a situação sob o viaduto, o que acelerou a decisão de realizar a operação.
“Chegou ao ponto de termos que agir de uma hora para outra. Já era algo que incomodava a cidade”, disse Falcão.

Segundo o magistrado, a quantidade de menores no local chamou atenção e evidenciou a gravidade do problema.“Eu não esperava que fossem tantas crianças. Isso mostra o tamanho desse desafio para a nossa sociedade”, afirmou.
A operação teve caráter de orientação e conscientização, mas, nos casos de reincidência ou de negligência comprovada, foi feito o devido acolhimento institucional.
A equipe constatou que muitas das pessoas encontradas ali têm residência fixa — algumas em Feira, outras em outros municípios. A presença sob o viaduto estaria relacionada a um movimento frequente neste período do ano.
“Eles se deslocam para cá no período natalino tentando tirar algum proveito, utilizando-se da imagem das crianças”, explicou o juiz.
Ele ressaltou que não há capacidade para abrigar todos imediatamente, evitando sobrecarregar o sistema de acolhimento, mas reforçou que a prioridade é sempre o “melhor interesse da criança e do adolescente”.
Durante a operação, algumas pessoas demonstraram surpresa, enquanto outras passaram pelo local como se a cena fosse comum.“Não podemos naturalizar um problema dessa magnitude. Crianças sujas, expostas ao sol, sem banheiro, dormindo na poeira — isso não pode ser visto como normal”, criticou Fábio Falcão.
O juiz destacou que muitas crianças estavam chorosas e apreensivas durante a abordagem.“São sujeitos de direito que desconhecem seus direitos. Muitas acreditam que ficar aqui é melhor do que um acolhimento institucional — justamente por não conhecerem a proteção que existe”, concluiu.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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