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Polícia Operação Worms 2

Polícia Federal deflagra operação contra fraudes bancárias e lavagem de dinheiro na Bahia

Estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 23 medidas cautelares diversas da prisão e um mandado de prisão preventiva, em Vitória da Conquista/BA e Salvador/BA

13/11/2025 07h27
Por: Carlos Valadares
Foto: PF
Foto: PF

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13/11) a Operação Worms 2 – “Não Seja um Laranja”, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada em fraudes bancárias, furtos qualificados, estelionato majorado e lavagem de dinheiro. O grupo utilizava contas de terceiros (“laranjas”) para movimentar valores ilícitos provenientes de golpes contra a Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras.

A ação faz parte da Força-Tarefa Tentáculos, iniciativa que reúne a PF e instituições financeiras para o combate às fraudes eletrônicas.

Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 23 medidas cautelares diversas da prisão e um mandado de prisão preventiva, todos expedidos pela Justiça Federal. As diligências ocorreram em Vitória da Conquista e Salvador, com a participação de 52 policiais federais.

A investigação teve início a partir das operações Worms (2022) e Não Seja um Laranja (2022), e revelou que o grupo evoluiu para um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro.
Os criminosos utilizavam instituições de pagamento, plataformas de apostas online e criptoativos para disfarçar a origem ilícita dos recursos.

Relatórios de inteligência financeira apontaram movimentações superiores a R$ 6,9 milhões entre 2023 e 2024, com projeção de R$ 20,9 milhões em cinco anos. Há indícios de que parte do dinheiro tenha origem no tráfico de drogas, o que reforça a conexão do grupo com outras atividades ilícitas.

Além dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros dos investigados, com o objetivo de descapitalizar a organização criminosa.

Os crimes apurados incluem associação criminosa, furto qualificado, estelionato majorado e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

A Polícia Federal reforça o alerta: emprestar ou ceder contas bancárias para movimentação de valores ilícitos é crime. A prática contribui para o financiamento de organizações criminosas e causa prejuízos a milhares de brasileiros.

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