Minha Casa Minha Vida vive nova fase em Feira de Santana, diz secretário federal

Feira de Santana recebeu nesta quinta-feira (4) um seminário do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), reunindo lideranças políticas, gestores públicos, representantes de movimentos sociais e do setor da construção civil para discutir os avanços e desafios da política habitacional na Bahia. O evento contou com a presença do secretário nacional de Habitação, Augusto Rabelo, e do deputado federal Zé Neto (PT), defensor da ampliação do programa no estado.

Durante a programação, o secretário destacou o novo momento vivido pelo Brasil no setor da habitação, com investimentos recordes e a retomada do MCMV em diversas modalidades, incluindo a urbana, rural e entidades. Segundo Rabelo, já são 1,5 milhão de moradias contratadas em todo o país, graças ao esforço conjunto do governo federal, com apoio dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Jader Filho (Cidades), além da parceria com os estados.

“O programa Minha Casa Minha Vida foi reconstruído com uma recomposição orçamentária muito importante. E isso nos permite, hoje, debater e avançar em propostas aqui na Bahia. Feira de Santana, por exemplo, já tem mais de 2 mil unidades habitacionais contratadas e 13 mil financiadas, o que representa mais de R$ 1,6 bilhão em investimentos”, afirmou o secretário.

Ele também ressaltou a escuta ativa do governo federal às demandas dos movimentos sociais, mencionando reuniões semanais com lideranças populares e entidades. “Estamos aqui com Marli, uma dessas lideranças, justamente porque valorizamos o diálogo permanente. Isso tem ajudado a qualificar e aprimorar as regras do programa, especialmente com foco nas necessidades locais”, completou.

Rural e urbano: foco para Feira de Santana

Com um alto déficit habitacional, especialmente na zona rural, Feira de Santana é tratada como prioridade pelo governo. O deputado Zé Neto defendeu que o município seja tratado com a mesma relevância no Minha Casa Minha Vida Rural, como já acontece com o programa urbano.

“Hoje, Feira já é referência nacional. Temos mais de 70 mil unidades urbanas construídas ou contratadas. Agora, precisamos levar esse protagonismo para os distritos. O rural é diferente: cada família constrói sua própria unidade em um terreno individual. Precisamos ajustar valores e ampliar a adesão das construtoras para garantir dignidade a essas famílias também”, afirmou o parlamentar.

O deputado Zé Neto, destacou ainda a importância do seminário como espaço para ouvir os movimentos sociais, discutir novos editais e articular políticas públicas em conjunto com órgãos como a Caixa Econômica Federal, Ministério das Cidades e empresas do setor.

Segurança, infraestrutura e tipologias

Entre os pontos abordados no seminário, foi ressaltado o novo modelo de empreendimentos: conjuntos menores, integrados ao tecido urbano e com infraestrutura completa, como creches, espaços de lazer e segurança.

“Hoje, só se constrói onde há condição de moradia digna. Temos empreendimentos que já incluem câmeras de segurança e espaços comunitários. Isso é reflexo das novas regras que evitam situações de abandono ou degradação enfrentadas no passado”, explicou Augusto Rabelo.

Ele também esclareceu que as tipologias seguem variadas, com casas, apartamentos ou unidades sobrepostas, conforme a proposta apresentada por prefeituras, entidades ou empresas, sempre atendendo aos critérios mínimos de qualidade exigidos pelo programa.

Próximos passos

Segundo o secretário, um novo edital nacional já está aberto, e Feira de Santana poderá submeter novas propostas, além das já selecionadas. A expectativa é de que a cidade continue sendo uma das principais beneficiadas com a retomada do Minha Casa Minha Vida.

“Feira é uma cidade protagonista. Foi uma das primeiras a contratar e entregar moradias. Esse novo momento fortalece ainda mais sua posição no cenário nacional”, concluiu Rabelo.

O seminário foi promovido com apoio do Governo da Bahia e contou com a presença de representantes da Embasa, Coelba, Polícia Militar, Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), e da Casa Civil, reforçando o caráter interinstitucional da política habitacional.

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Nailanne