Há seis anos, o galpão comunitário que atendia dezenas de famílias produtoras de amendoim artesanal está fechado, deixando os trabalhadores desamparados e obrigados a cozinhar nas ruas, em frente às próprias casas. A denúncia é de Zé Paulo, representante da comunidade e ex-responsável pelo espaço.
“O pessoal vem trabalhando na rua, cozinhando nas portas, até em cima da calçada de uma menina estão cozinhando. Isso não traz só risco para quem trabalha, mas também para quem mora por perto”, afirmou. Segundo ele, a fumaça provocada pela queima de madeira velha — muitas vezes retirada de móveis e sofás com borracha e traz prejuízos à saúde e insegurança, principalmente para crianças e idosos da vizinhança.
Foto: Carlos Valadares
De acordo com Zé Paulo, o galpão funcionava desde 2004, e foi desativado durante a atual gestão do prefeito Colbert Martins. Antes disso, já havia passado pelas gestões de Tarcísio Pimenta e José Ronaldo. “Na gestão de Colbertt foi que veio todo esse problema. Ele não dava muita atenção aos pedidos da associação”, declarou.
Anteriormente, os produtores contribuíam com uma taxa de R$ 6 mensais para a manutenção do espaço. Com a assinatura de um convênio entre a associação e a prefeitura, esses custos passaram a ser cobertos pelo poder público — o que incluía despesas com gás e energia. Porém, após a paralisação das atividades, todo o apoio foi suspenso.
Foto: Carlos Valadares
Ao todo, 64 famílias utilizavam o galpão como local de produção do amendoim, atividade especialmente intensa no período junino. “Há seis anos que o pessoal está aí à toa, cozinhando no meio da rua. Vamos esperar o prefeito agora para ver o que vai resolver”, disse Zé Paulo.
Segundo ele, há uma promessa da atual gestão de reativar o galpão ou até construir um novo espaço que funcione como centro de apoio ao pequeno produtor, incluindo até uma creche. “Enquanto as mulheres trabalham, os filhos ficariam aí guardados. Agora está todo mundo na rua”, lamenta.
Foto: Carlos Valadares
Além da produção de amendoim, o galpão abrigava também uma padaria comunitária, que está com os equipamentos parados por falta de verba. “Já tiraram até os botijões de gás, por medida de segurança, por causa do risco de incêndio nessa época de São João. Está tudo parado”, concluiu.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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