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São João aquece setor hoteleiro de Feira de Santana, com ocupação máxima durante os festejos

Ao comparar com outros períodos festivos da cidade, como a Micareta, o gerente aponta diferenças significativas

20/06/2025 16h44
Por: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares
Foto: Carlos Valadares

Durante os festejos juninos, Feira de Santana confirma seu papel estratégico como base logística para artistas que se apresentam em cidades do interior da Bahia. De 19 a 26 de junho, a ocupação nos principais hotéis da cidade atingiu 100%, segundo Renê Silva, gerente geral de uma grande rede hoteleira instalada no município.

“Apesar de Feira ainda não ser oficialmente a capital do forró, a nossa Princesa do Sertão é uma cidade de acolhimento. Os artistas e bandas se hospedam aqui para tocar em outras cidades da região, e, nesse período, não temos mais nenhum leito disponível — nem mesmo conseguimos fazer visita técnica nos quartos por causa da lotação”, afirmou Renê.

O hotel sob sua gestão é o maior em capacidade de hospedagem na cidade, com mais de 150 apartamentos, e mesmo assim atingiu ocupação total. De acordo com Renê, esse cenário se repete em praticamente toda a rede hoteleira de Feira. “Felizmente, é um momento muito positivo para o setor.”

Comparado ao ano anterior, o crescimento da ocupação foi expressivo. Segundo ele, a taxa aumentou em torno de 23%. Isso se deve, em grande parte, às parcerias firmadas com produtoras de eventos, que garantem reservas com meses de antecedência. “É um movimento que já se tornou padrão no São João, com contratos e reservas antecipadas para garantir a hospedagem das equipes e artistas”, explica.

Feira de Santana é considerada um ponto central para os deslocamentos das bandas. “Eles chegam cedo para descansar e saem à tarde para se apresentar em cidades vizinhas. Muitas vezes fazem dois shows por noite e retornam aqui para dormir. É uma logística intensa e muito bem organizada.”

A movimentação de ônibus em frente ao hotel chama atenção do público. Renê conta que fãs e curiosos se reúnem na tentativa de ver os artistas de perto. “No ano passado, tivemos músicos que fizeram aparições surpresa em eventos próximos, como feijoadas e apresentações espontâneas em bares. A gente costuma dizer que esse trecho da cidade vira um quarteirão de artistas.”

Mesmo com a alta demanda, não há necessidade de reforço permanente na equipe, mas sim contratações pontuais para serviços temporários. “Reforçamos segurança, logística de entrada e saída dos ônibus, e intensificamos o trabalho de limpeza para agilizar a liberação dos quartos, já que os artistas costumam chegar antes do horário padrão de check-in”, pontua.

Ao comparar com outros períodos festivos da cidade, como a Micareta, o gerente aponta diferenças significativas. “Na Micareta, muitos artistas são da capital e voltam para casa após o show. Já no São João, recebemos atrações de várias partes do país, o que exige estrutura completa de hospedagem.”

Renê finaliza destacando que o São João é o melhor período para a hotelaria local. “Enquanto resorts vivem alta temporada no verão, em Feira o melhor momento vai de abril a novembro. Para nós, o São João funciona como o Natal: otimizamos tarifas e garantimos uma ocupação sólida, que fortalece o setor e movimenta toda a cidade.”

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Nailanne

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