Os Estados Unidos aprovaram nesta quarta-feira (18) um novo tratamento preventivo contra o HIV, que pode representar um marco no combate a aids. O medicamento, chamado Yeztugo, é aplicado em duas injeções por ano e apresentou eficácia de 99,9% na prevenção da infecção.
Desenvolvido pela farmacêutica Gilead com base na molécula lenacapavir, o tratamento será destinado a adultos e adolescentes com peso a partir de 35 kg. O presidente da empresa, Daniel O’Day, classificou a aprovação como um “dia histórico”.
Em dois grandes ensaios clínicos — um com mulheres da África Subsaariana e outro com participantes de diferentes gêneros — o tratamento praticamente eliminou as infecções por HIV. Os principais efeitos colaterais foram reações locais, dor de cabeça e náuseas.
A revista Science chamou o lenacapavir de “Avanço do Ano” em 2024. No entanto, o preço estimado do tratamento nos EUA é de até US$ 25 mil por ano (cerca de R$ 135 mil), o que gera preocupação sobre o acesso global.
Pesquisadores defendem que o medicamento pode ser fabricado por apenas US$ 25 por ano, se houver liberação para produção genérica. A ONU e entidades de saúde pedem preços acessíveis. A Gilead já firmou acordos para permitir a fabricação em 120 países de baixa e média renda, mas a produção em larga escala ainda deve levar tempo.
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