No Dia de Finados, Frei Alex Nuno, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, destacou em entrevista a relevância desta data para a Igreja Católica e para os fiéis, lembrando que a celebração remonta à época do Império Romano. Segundo ele, os romanos visitavam as catacumbas para rezar por seus entes queridos, uma prática que foi absorvida e mantida pelo Cristianismo. “Rezar pelos defuntos é oferecer a eles uma oração que remedia as penas espirituais que possam estar pagando no purgatório. As orações, especialmente as da Santa Missa, têm o poder de ajudar esses espíritos a alcançar a eternidade”, afirma o pároco.
Frei Alex enfatizou que o luto, natural após a perda de um ente querido, é uma forma de reação à ausência, trazendo consigo um leque de emoções. Para ele, a prática de oração durante o luto pode ser um remédio eficaz para lidar com o vazio deixado pela partida de alguém amado. "O luto é um processo individual, e cada pessoa deve vivê-lo à sua maneira. Ele é uma forma de amadurecimento espiritual, onde compreendemos que a morte não é o fim, mas uma passagem para a vida eterna", explicou o religioso, pontuando que esse período deve ser respeitado e acolhido.
Foto: Carlos Valadares
A memória dos falecidos também ocupa um espaço central nas reflexões do Dia de Finados. Frei Alex considera que relembrar os que partiram é uma forma de manter viva sua influência positiva na vida dos que ficaram. “Guardar tudo de bom que essa pessoa significou é um processo de amadurecimento e inspiração. Ao honrar as virtudes daqueles que se foram, mantemos a essência deles presente em nosso cotidiano e nos tornamos um reflexo das boas ações que eles realizaram", disse, reforçando o valor de preservar as lembranças.
Neste 2 de novembro, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, junto com paróquias do mundo inteiro, celebra a memória dos fiéis falecidos com missas e orações. A Igreja dedica-se a essa celebração anual, onde os fiéis podem alcançar indulgência plenária pelos entes que já partiram, uma prática que, de acordo com Frei Alex, é essencial para aqueles que buscam oferecer aos seus falecidos a paz espiritual. "Para alcançar a indulgência, é necessário que a pessoa esteja em estado de graça, faça a confissão, participe da missa e reze um Pai Nosso e uma Ave Maria pelas intenções do Papa", orienta o frei.
Ao final da entrevista, Frei Alex refletiu sobre os impactos da pandemia de Covid-19 no luto e nas práticas de despedida. Ele reconheceu que a crise sanitária dificultou o adeus adequado aos falecidos e lembrou de períodos históricos semelhantes, como a Peste Negra, em que a Igreja desempenhou um papel de conforto e oração em meio à perda massiva de vidas. "Mesmo com as restrições impostas, os sacerdotes ofereceram orações e velórios respeitosos, e os fiéis foram entendendo que, embora o processo fosse diferente, havia uma preocupação em honrar a saúde de todos e respeitar o ciclo da vida e da morte", afirmou.
Frei Alex concluiu desejando paz e consolo aos fiéis neste Dia de Finados, um dia de sensibilidade e recordação. "Que Deus dê a todos a paz e sustento para viverem este dia com a alegria das lembranças boas que marcaram a história de vida com aqueles que já não estão entre nós", finalizou, reforçando que, na vida eterna, os falecidos podem interceder por aqueles que aqui permanecem.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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