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Bancários Feirenses aderem ao movimento 'Menos Metas Mais Saúde'

Objetivo é pressionar bancos contra modelo que vem afetando saúde dos trabalhadores.

23/07/2024 15h37
Por: Carlos Valadares
 Foto: Divulgação/ FEEB
Foto: Divulgação/ FEEB

O movimento sindical bancário de Feira de Santana, aderiu ao movimento da categoria que ocorre em todo o país, que organiza ações para o Dia Nacional de Luta intitulado "MenosMetasMaisSaúde", para esta quarta-feira, dia 24 de julho. O objetivo é pressionar os bancos contra a prática de modelo de gestão que vem afetando a saúde mental dos trabalhadores e trabalhadoras do setor. 

De acordo com o sindicato, o dia nacional de luta acontecerá um dia antes da quarta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), no âmbito da campanha nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). 

A pauta do encontro será saúde e condições de trabalho, com foco na política de metas praticadas pelas empresas. 

Pesquisa "Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário", realizada pela Secretaria de Saúde da Contraf-CUT, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), e divulgada no final de 2024, revela que 80% dos trabalhadores bancários tiveram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. Destes, quase metade estavam em acompanhamento psiquiátrico. 

O principal motivo declarado para a busca de tratamento médico foi o trabalho. Entre os que estavam em acompanhamento psiquiátrico, 91,5% utilizavam medicações prescritas pelo psiquiatra, percentual que reduzia para 64,4% entre os que estavam em outros tipos de acompanhamento médico.

Entre 2013 e 2020, foram registrados 20.192 afastamentos de bancários pelo INSS, com alta de 26,2% entre 2015 e 2020, percentual 1,7 vez acima do crescimento total de afastamentos registrados no país (de 15,4% no período), considerando todas as categorias. 

Em relação ao total dos afastamentos acidentários por doenças mentais e comportamentais, os afastamentos de bancários correspondiam a 12% do total, em 2012, e a 25%, em 2022. 

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