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Geral Risco de Parkinson

Pesquisa associa vacina de tétano a menor risco de Parkinson

A análise revelou que a vacinação também parece retardar a progressão do Parkinson

05/07/2024 08h24
Por: Carlos Valadares Fonte: Agência Einsten
Foto: Divulgação/ Ascom PMS
Foto: Divulgação/ Ascom PMS

Um novo estudo israelense sugere que a vacina contra o tétano pode reduzir o risco de desenvolvimento do Parkinson. De acordo com os pesquisadores, há indícios de que a bactéria responsável pelo tétano esteja envolvida no surgimento desta doença degenerativa.

A pesquisa acompanhou 1.446 pacientes adultos diagnosticados com Parkinson entre 45 e 75 anos e comparou-os a um grupo controle de mais de 7 mil pessoas. Entre os diagnosticados, 1,9% haviam recebido a vacina contra o tétano no período avaliado, contra 3,1% no grupo controle.

A análise revelou que quanto mais recente a dose da vacina, maior o efeito protetivo observado, e a vacinação também parece retardar a progressão do Parkinson.

Foram levantadas hipóteses de que a toxina presente na bactéria Clostridium tetani, causadora do tétano, possa estar presente no trato gastrointestinal e migrar para o sistema respiratório, incluindo os seios paranasais, causando danos aos nervos. No entanto, eles reconhecem que a simples presença do patógeno não seria suficiente para causar a doença.

O resultado dessa pesquisa é baseado nos dados obtidos de uma pesquisa observacional conduzida por cientistas da Universidade de Tel Aviv e da Leumit Health Services, que mantém registros médicos eletrônicos completos dos últimos 20 anos.

REMÉDIO

Um dos destaques do estudo fala sobre o Parkinson ser uma doença multifatorial e não há uma única causa, e pode estar relacionada a diversos fatores, inclusive ambientais, como contato com solventes, metais pesados e toxinas, além de problemas hormonais e do próprio envelhecimento.

Esse é o motivo, afirma o neurologista André Felício, do Hospital Israelita Albert Einstein, que explica dificuldade de se desenvolver um remédio capaz de curar o Parkinson. O médico também chama atenção que independente dos avanços nas pesquisas, é preciso muita cautela com os resultados do novo estudo.

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