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Geral Acidente de trabalho

Construção civil e indústria lideram registros de acidentes de trabalho

Verena explica que, ao identificar falhas nas condições de trabalho, um relatório técnico é elaborado e encaminhado aos órgãos competentes.

09/04/2025 17h10 Atualizada há 1 semana
Por: Carlos Valadares

Foto: Carlos Valadares

Apesar da redução nos registros de acidentes de trabalho no primeiro trimestre deste ano, a chefe da divisão de controle epdemiológico da secretaria de saúde, Verena Liberal, alerta que o número ainda pode aumentar à medida que investigações forem concluídas. Segundo ela, de janeiro a março de 2024 foram registrados 184 casos. No mesmo período de 2025, o número caiu para 36.

“É importante destacar que os acidentes de trabalho não são notificados imediatamente. Cada caso passa por um processo de investigação e estabelecimento de nexo. Muitos acidentes que ocorreram neste primeiro trimestre ainda estão em fase de apuração, o que justifica a diferença em relação ao ano anterior, quando os dados já estavam consolidados”, explicou.

Foto: Carlos Valadares

De acordo com Verena, a construção civil e o setor industrial continuam liderando os registros de acidentes, incluindo os casos mais graves com óbitos. “Esse perfil se mantém ao longo dos anos. São setores com maior frequência de acidentes, especialmente relacionados a quedas de altura e manuseio de equipamentos”, ressaltou.

Outras categorias também têm se destacado, como os profissionais que atuam com transporte. “Motoboys, motofretistas, mototaxistas e motoristas de aplicativo são trabalhadores que enfrentam riscos no trânsito e, muitas vezes, esses acidentes são classificados como acidentes de trabalho. O número de registros nessa área é bastante significativo.”

Durante o Abril Verde, campanha nacional de conscientização sobre segurança no trabalho, a coordenadora reforça a importância da adoção das normas regulamentadoras. “Seguir essas normas é o mínimo para garantir ambientes mais seguros. Ainda vemos trabalhadores acidentados sem uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), o que é inaceitável. O cumprimento das normas ainda é parcial em muitas empresas.”

Verena explica que, ao identificar falhas nas condições de trabalho, um relatório técnico é elaborado e encaminhado aos órgãos competentes. “A partir dessas informações, são avaliadas as punições cabíveis, que variam conforme a gravidade e circunstância de cada caso.”

Segundo ela, promover um ambiente de trabalho seguro não deve ser apenas uma exigência legal, mas uma responsabilidade ética de empregadores e gestores. “A prevenção é o caminho para evitar perdas humanas e prejuízos sociais. Segurança do trabalhador é um dever coletivo.”

Com informações: Carlos Valadares

Por: Mayara Silva

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