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Rodoviários protestam em Feira de Santana por direitos trabalhistas não pagos

Ex-funcionários das empresas Princesinha e 2 de Setembro aguardam há quase dez anos por indenizações

02/04/2025 12h00
Por: Carlos Valadares

Na tarde da última terça-feira (01), ex-funcionário das empresas de transporte Princesinha e 2 de Setembro, participou da manifestação realizada nesta terça-feira em frente à Prefeitura de Feira de Santana, reivindicando direitos trabalhistas não pagos desde 2015. Segundo Renato, após quase dez anos de espera, a categoria ainda não recebeu os valores devidos.

"Dá até desânimo falar sobre isso. Dez anos sem receber nada. Estamos aqui reunidos com um único objetivo: garantir nosso direito. Infelizmente, muitas pessoas já morreram esperando essa justiça e não viram o êxito. Não queremos que mais ninguém passe por isso", desabafou.

Os trabalhadores foram até a Prefeitura na expectativa de serem recebidos pelo prefeito ou alguma autoridade que pudesse intermediar a resolução do impasse. "Queremos conversar com o prefeito, com o Ministério Público, com qualquer órgão que possa nos apoiar. Precisamos de ajuda para resolver essa questão", reforçou Renato.

Sobre os empresários responsáveis pelas companhias, Renato afirmou que o paradeiro deles é incerto. "Não sabemos onde estão. A última informação que tive foi que um deles estava em Lauro de Freitas, ainda atuando no setor de transporte. Mas, como eles trabalham com laranjas, fica difícil identificar quem realmente é o dono da empresa."

Quanto ao andamento jurídico das ações, ele explicou que há processos individuais e coletivos. "No meu caso, entrei com um processo individual. Algumas pessoas recorreram ao sindicato, que entrou com ações coletivas, mas não temos informações sobre o andamento. Pelo que sabemos, os processos estão parados."

Apesar da mobilização, Renato destacou que o movimento não tem intenção de rivalizar com o sindicato dos rodoviários. "Não estamos medindo forças com ninguém. Pelo contrário, queremos o apoio do sindicato. Se eles estivessem aqui para nos apoiar, seria importante para a nossa luta."

Questionado sobre o montante total devido aos funcionários, ele afirmou que essa informação ainda não está clara. "Infelizmente, não temos esses dados. Mas sabemos que a dívida é grande e que muitos trabalhadores foram prejudicados."

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