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Geral Aeroporto de Feira

Desafios e soluções para o Aeroporto de Feira de Santana: especialista aponta melhorias essenciais

Professor da UEFS destaca necessidade de investimentos para ampliação da infraestrutura e acessibilidade do terminal aéreo

27/03/2025 21h45
Por: Carlos Valadares

Durante uma audiência pública na manhã desta qinta-feira (27), realizada na Cãmara Municipal para discutir melhorias no Aeroporto Governador João Durval Carneiro, o professor José Renato, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), destacou a importância do evento para o desenvolvimento logístico e econômico de Feira de Santana. Segundo ele, a comunidade, representada pela Câmara de Vereadores e diversas autoridades, teve a oportunidade de debater soluções para um equipamento essencial à cidade.

“Feira de Santana, com todo o seu potencial logístico, não pode continuar sem um modal aéreo adequado. O que tem sido feito até agora ainda é muito insuficiente. Precisamos que o governo do Estado cumpra o previsto no contrato de concessão, que inclui a ampliação da área desapropriada para viabilizar investimentos como o aumento da pista, do pátio, a construção de um novo terminal de passageiros e a melhoria da infraestrutura para carga”, afirmou o professor.

Outro ponto abordado foi a limitação do acesso ao aeroporto, que hoje conta apenas com a Avenida Sérgio Carneiro. O professor defendeu a necessidade de novos acessos viários. “O terreno desapropriado pelo Governo do Estado em 2011 fica próximo à Avenida Ayrton Senna, que poderia ser estendida até o aeroporto. Também seria necessário um acesso pela Rubens Francisco Dias, facilitando a conexão com a Faculdade Católica. Além disso, uma via complementar de cerca de 6 a 7 quilômetros até a região da Matinha poderia ser criada para escoamento de cargas, evitando o trânsito na área urbana”, explicou.

Ampliação da pista e estrutura defasada

Durante a audiência, José Renato ressaltou os desafios estruturais do aeroporto, incluindo o tamanho da pista e a capacidade do terminal. “Nossa pista deveria ter pelo menos 2.200 metros de extensão e 45 metros de largura, com reforço na resistência do pavimento para suportar aeronaves maiores. Atualmente, sem essa estrutura, as aeronaves não podem operar com capacidade máxima de passageiros e carga, comprometendo a eficiência do modal”, disse.

O professor também alertou para a limitação do pátio de aeronaves. “Feira de Santana possui apenas duas posições de estacionamento. Caso uma aeronave tenha problemas, não podemos receber outra simultaneamente. Para efeito de comparação, Barreiras terá seis posições e Vitória da Conquista já conta com oito”, pontuou.

Outro fator crítico apontado foi o tamanho reduzido do terminal de passageiros. “Enquanto Vitória da Conquista possui um terminal com 3.500 metros quadrados, o de Feira de Santana tem apenas 800 metros quadrados. O salão de embarque conta com apenas 49 cadeiras, ou seja, em um voo de 180 passageiros, 130 teriam que ficar de pé por falta de espaço”, exemplificou.

Apesar da proximidade de Feira de Santana com Salvador, que conta com um grande aeroporto, o professor argumenta que isso não justifica a falta de investimentos. “A cidade tem uma demanda própria e crescente por transporte aéreo, tanto para passageiros quanto para cargas. A ampliação do aeroporto local é essencial para impulsionar a economia e aumentar a competitividade de Feira e de toda a macrorregião”, concluiu.

Com informações: Carlos Valadres

Por: Mayara Nailanne

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