Frágil em 2023, defesa do Bahia precisará da atenção de Ceni no próximo ano

O Bahia ainda não anunciou contratações para a temporada 2024, mas, no próximo ano, a defesa receberá atenção especial do técnico Rogério Ceni. Seja com a chegada de novos atletas ou a partir das peças que já estão no clube, o Esquadrão precisará estancar a sangria que viveu em 2023.

Na última temporada, a defesa tricolor alcançou a sua segunda pior marca na Série A por pontos corridos com 20 clubes. Ao todo, o time baiano foi vazado 53 vezes em 38 jogos, média de 1,39 gols por partida. O desempenho é superado apenas pela campanha realizada em 2020, quando levou 59 tentos em 38 rodadas.

Ao lado do Goiás, o Bahia teve a quinta pior defesa entre as equipes que disputaram a primeira divisão, ambos com 53 gols sofridos. Lanterna, o América-MG foi o time mais vazado, com 81 bolas na rede, seguido por Coritiba (73 gols), Santos (64 gols) e Grêmio (56 gols).

O desempenho negativo do Bahia no Campeonato Brasileiro foi um reflexo do rendimento ruim que o time já vinha apresentando ao longo do ano. Primeiro treinador da equipe na “Era City”, Renato Paiva ficou marcado, entre outros aspectos, pela fragilidade defensiva.

Para se ter uma ideia, antes do início do Brasileirão o Bahia levou gols em 18 das 24 partidas que disputou. Nesse período, o clube sofreu derrotas humilhantes, como o 6x0 aplicados pelo Sport, na Ilha do Retiro, e os 3x0 para o Fortaleza, na Fonte Nova, pela Copa do Nordeste.

Ao todo, o Bahia sofreu 85 gols em 67 partidas. A média de 1,26 tentos por duelo é a maior registrada pelo clube nos últimos cinco anos.

Rogério Ceni também teve dificuldade para ajustar a defesa. Sob o comando dele o time foi vazado 24 vezes em 16 jogos. Uma média de 1,5 gol por partida. Por vezes o treinador se mostrou irritado com o comportamento dos jogadores, principalmente nas jogadas aéreas.

Além da falta de sintonia coletiva, alguns atletas ficaram marcados por falhas individuais. Mesmo tendo se firmado ao lado de Kanu na dupla de zaga titular, Vitor Hugo abusou dos erros e não atingiu a expectativa criada no momento da sua contratação. O zagueiro ficou devendo no primeiro ano com a camisa tricolor.

Como o Bahia ainda não divulgou o planejamento para a próxima temporada nem quais jogadores estão nos planos, até o momento a base que disputou o Brasileirão está mantida. Entre os zagueiros, por exemplo, somente Raul Gustavo deixou o clube, ele foi devolvido ao Corinthians após empréstimo.

A diretoria deve buscar um novo jogador canhoto para a reposição, já que tem apenas Vitor Hugo com essa característica. Outro zagueiro em fim de contrato, David Duarte pertence ao Fluminense e recebeu elogios de Ceni. A renovação do vínculo não está descartada.

Quem já se despediu do Bahia foi o lateral esquerdo Camilo Cándido. Ele teve os direitos comprados pelo Cruz Azul, do México, e assinou com a nova agremiação em definitivo por três anos.

No gol, o Bahia renovou com o experiente Danilo Fernandes, mas tem em Marcos Felipe o seu titular absoluto. O camisa 1 foi um dos destaques no último ano. O garoto Adriel também faz sombra em busca de um lugar na equipe.

Em 2024, o Bahia deve dar mais minutos para alguns jogadores que atuaram pouco sob o comando de Rogério Ceni. São os casos dos zagueiros Gabriel Xavier e Marcos Victor, e dos laterais Matheus Bahia e André.

O elenco se apresentará no próximo dia 6 de janeiro. A pré-temporada será realizada em Manchester, na Inglaterra. Com isso, o Bahia utilizará um time alternativo nos dois primeiros jogos do Campeonato Baiano.