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Geral Cigarro eletronico

OMS alerta para aumento do uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes

Pelo menos 15 milhões de jovens entre 13 e 15 anos fazem uso desses dispositivos em todo o mundo

07/10/2025 06h08
Por: Carlos Valadares
Foto: Fabrikasimf/Freepik
Foto: Fabrikasimf/Freepik

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um novo alerta global nesta segunda-feira (6) sobre o avanço do uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes. Segundo o Relatório Global sobre as Tendências da Prevalência do Tabaco 2000–2024 e Projeções 2025–2030, pelo menos 15 milhões de jovens entre 13 e 15 anos fazem uso desses dispositivos em todo o mundo.

O estudo aponta que o risco de um jovem começar a fumar é nove vezes maior do que o de um adulto. “Os cigarros eletrônicos estão a alimentar uma nova onda de dependência da nicotina”, afirmou Etienne Krug, diretor do Departamento de Controle de Doenças Crônicas da OMS, durante a apresentação do relatório em Genebra, na Suíça.

Krug alertou que, apesar de serem promovidos como uma alternativa “menos nociva” ao cigarro tradicional, os dispositivos estão viciando os jovens em nicotina cada vez mais cedo, ameaçando décadas de progresso no combate ao tabagismo.

O relatório, que analisou mais de 2 mil pesquisas nacionais entre 1990 e 2024, abrange 97% da população mundial. A estimativa é de que mais de 100 milhões de pessoas utilizem cigarros eletrônicos, 86 milhões de adultos e 15 milhões de adolescentes,, com predominância em países de alta renda.

Apesar da preocupação com os dispositivos eletrônicos, a OMS destacou um declínio no consumo do tabaco convencional: desde o ano 2000, o número global de fumantes caiu 19,5%, passando de 1,38 bilhão para 1,24 bilhão em 2024. A projeção é de nova redução até 2030, quando o índice global deve chegar a 17,4% da população.

O levantamento também mostra que as mulheres lideram a queda no consumo, com a taxa de tabagismo caindo de 16,5% para 6,6% em 25 anos. Entre os homens, o índice passou de 49,8% para 32,5%, enquanto entre jovens de 15 a 24 anos, o percentual de fumantes recuou de 20,3% para 12,1%.

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