Na manhã desta quinta-feira (25), o superintendente de Trânsito de Feira de Santana, Ricardo Cunha, destacou a importância de abrir espaço de diálogo com trabalhadores de aplicativo e mototaxistas, categoria que teve grande crescimento durante e após a pandemia.
Segundo ele, a mudança de comportamento do consumidor, que passou a comprar e receber produtos em casa, aumentou a presença de motociclistas nas ruas e, consequentemente, o risco de acidentes.
“Esses profissionais passaram a ficar mais tempo em cima da motocicleta. Quanto maior a exposição, maior a probabilidade de sinistros. Além disso, a lógica de que ‘quanto mais corridas, maior o ganho’ acirrou essa busca por renda e ampliou os riscos no trânsito”, explicou
.
Ricardo Cunha ressaltou que o objetivo do encontro não é apontar culpados, mas construir soluções conjuntas.“Queremos que o trabalhador saia de casa de manhã e volte à noite em segurança, com a dignidade que lhe é de direito. Mais que infraestrutura viária, é preciso mudança de comportamento. É nisso que vamos trabalhar”, afirmou.
Após palestra ministrada pelo especialista Paulo Henrique, o superintendente disse acreditar que os presentes “vão repensar a forma de conduzir seus veículos” e reforçou que a educação é peça central na transformação do trânsito.
Cursos e eventos futuros
O superintendente adiantou que a SMT vai oferecer cursos voltados para motociclistas, inicialmente com carga horária de três horas, mas que deverão ser ampliados. Além disso, a Semana Municipal do Trânsito, prevista para maio, deverá contar com um grande evento de alcance nacional em Feira de Santana, com apoio da Câmara de Vereadores e da Prefeitura.
Questionado sobre os maiores desafios do trânsito, o superintendente foi enfático. “O problema não é o congestionamento. O maior problema são as vidas ceifadas no trânsito. A maioria das vítimas fatais hoje está sobre uma motocicleta. Por isso, nossa prioridade total é proteger esses trabalhadores.”
Durante o encontro, mototaxistas e motofretistas apresentaram demandas à gestão municipal. Ricardo afirmou que, mesmo sem regulamentação federal definitiva, a SMT deve tratar a categoria com a seriedade que ela exige.
“Esses profissionais existem, movimentam a economia e prestam um serviço essencial. O prefeito Zé Ronaldo tem tratado essa pauta com muito carinho, e algumas reivindicações poderão sim ser atendidas dentro do possível.”
Faixa exclusiva para motos
Sobre a criação de uma pista exclusiva para motociclistas, Ricardo ponderou que a medida exige estudos técnicos e autorização do Senatran.“De forma empírica, vejo que apenas a Avenida Presidente Dutra comportaria com segurança uma faixa destinada apenas a motos. Como ela passará por reformulação, vamos aguardar o projeto para, se possível, incluir essa proposta de forma adequada”, concluiu.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Nailanne
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